Faltando pouco mais de um mês, a eleição da mesa diretora Câmara de Vereadores de Curitiba tem quatro nomes apontados para substituir o atual presidente, Paulo Salamuni (PV): o líder da bancada do prefeito, vereador Pedro Paulo (PT); o primeiro-secretário da Casa, Ailton Araújo (PSC); o pastor Valdemir Soares (PRB); e o vereador Sabino Picolo (DEM). Todos estão a espera de uma decisão do prefeito Gustavo Fruet (PDT) à respeito. A opção do prefeito norteará como será o governo de Fruet nos próximos dois anos. Se pender ao PT, abre um flanco para uma posição cada vez mais vigilante com a inoperância da prefeitura pedetista. Com informações de Ivan Santos, Bem Paraná.
Pela proximidade que tem com Fruet, Pedro Paulo seria o nome mais forte para ser o candidato de situação a substituir Salamuni. O problema é que o péssimo desempenho do PT, seu partido, nas últimas eleições, acabou fragilizando em parte a posição do líder governista. O mau desempenho da legenda nas eleições deste ano, quando o partido viu sua bancada encolher de sete para três cadeiras, e Gleisi Hoffmann, registrar em Curitiba menos votos que a deputada federal eleita, Christiane Yared (PTN), conta contra as chances do vereador em emplacar o cargo.
Ocupante do segundo cargo mais importante do legislativo municipal, o primeiro-secretário Ailton Araújo (PSC) aparece em seguida como um dos pretendentes mais fortes para a presidência. Tem em seu favor, além da força do cargo atual, o fato de que seu partido tem a maior bancada, com seis cadeiras. Além disso, o PSC saiu fortalecido das urnas deste ano, com o deputado federal Ratinho Júnior – presidente estadual da legenda – conquistando a maior votação para a Assembleia Legislativa, e elegendo a maior bancada da Casa, com 12 cadeiras.
Do outro lado do espectro político está o vereador pastor Valdemir Soares é outro potencial candidato que tem chances na disputa. No início da atual legislatura, chegou a ensaiar uma candidatura à presidência, mas acabou recuando diante da articulação governista. Integrante da bancada evangélica, mantém boas relações com o atual prefeito, mas é visto como um representante da ala mais próxima ao grupo do governador Beto Richa e do ex-prefeito Luciano Ducci (PSB). O mesmo acontece com Sabino Picolo, que corre por fora, e pode acabar sendo uma espécie de alternativa para acomodar os dois grupos. Ele assumiu interinamente a presidência da Câmara em 2012, após a queda do ex-vereador João Cláudio Derosso (sem partido), alvejado pelas denúncias de uso irregular da verba de publicidade da Casa.
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