A convicção no PT de que Roberto Requião não vai conseguir legenda do PMDB para disputar o governo do Estado e conseguir disputar o segundo turno no lugar de Gleisi Hoffmann, levou as lideranças petistas a mudar drasticamente a relação com o senador. Deputados petistas têm feito fila para desdenhar a importância da candidatura peemedebista que, até há pouco, era abertamente admitida.
Primeiro foi o deputado Ênio Verri, presidente do partido, e ex-secretário de Requião, que deu entrevistas dizendo que o senador era um político muito rejeitado e que sem ele na disputa, Gleisi Hoffmann vence a eleição já no primeiro turno. Agora é a vez do deputado Tadeu Veneri fazer pouco caso da importância política de Requião.
Veneri, que não esconde as reservas ideológicas e pessoais ao estilo político (supostamente personalista e autoritário) de Requião, ironizou o senador que se apresentou como “salvador da pátria”. O petista disse que Requião é conhecido pelos seus “exageros”, mas não passa de um político “como outro qualquer”.
Requião, por sua vez, não perdoa Veneri desde que o deputado puxou uma vaia ao peemedebista na visita do Hugo Chaves ao Paraná. Requião alcunhou o petista de “venéreo”.