O 6 Congresso Nacional do PT, que começou nesta quinta-feira e vai até sábado, tem como principal objetivo renovar o partido, a fim de prepará-los para os futuros embates. Na renovação do PT, o novo tem uma cara meio antiga. O partido elegerá com sua presidente uma senadora investigada no Supremo Tribunal Federal: Gleisi Hoffmann, ex-ministra de Dilma Rousseff. De resto, o PT venderá a ideia de que a felicidade do Brasil depende da volta de Lula ao poder. O partido defenderá Lula atacando a Lava jato.
Num instante em que os petistas clamam por diretas já, o Congresso Nacional do PT alçará Gleisi Hoffmann ao comando da legenda em eleições indiretas. O PT desistiu de realizar o seu PED, Processo de Eleição Direta. Além de perder a coerência, os petistas perderam o nexo. Em entrevista ao repórter Leandro Prazeres, Rui Falcão, que se despede do comando do PT, disse que a legenda lutará para impedir que Lula seja “interditado”. Afirmou: seria “antidemocrático proibir, por meio de uma condenação, que Lula seja candidato” à Presidência.
Réu em cinco ações penais, Lula está sendo julgado. É bastante provável que enfrente sua primeira condenação nas próximas semanas. Não são negligenciáveis as chances de que Lula se torne um ficha-suja. No discurso renovado do PT, cumprir a lei virou algo “antidemocrático”. O partido deve sair do seu Congresso com a aparência de um bêbado sem rumo numa noite escura.
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