Os senadores tucanos Alvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA) devem ocupar duas das três vagas que o bloco da minoria terá direito na CPI da Petrobras. A terceira vaga do bloco será de um senador do DEM. A CPI terá 13 titulares e oito suplentes. Assim que for comunicado da decisão da ministra Rosa Weber, do STF, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) vai comunicar os partidos sobre as vagas. Os maiores partidos, PMDB com 20 e PT com 13 senadores, devem assumir a presidência e a relatoria dos trabalhos.
A ministra do STF, Rosa Weber, atendeu a pedido de liminar da oposição e determinou que a CPI investigue exclusivamente questões ligadas à Petrobras, uma decisão que vale apenas para o Senado. Como uma comissão idêntica foi proposta no âmbito do Congresso, incluindo os deputados, o entendimento da oposição é que a decisão pode ser estendida, e a comissão mista, que teria mais peso político, poderia ter preferência.
“A CPI mista tem que ser instalada. O presidente Renan não vai obstaculizar, seria mais uma derrota para o governo. O presidente tem sido muito leal com a oposição”, disse confiante o líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP).
O líder o DEM, Agripino Maia, é mais cauteloso ao falar sobre a condução do presidente do Senado. Diz que é preciso observar como estará o clima na semana que vem. Em todo caso, ele diz que, em caso de “entraves ou turbulências”, a CPI só do Senado está garantida.
Seguindo a linha dos independentes, Cristovam Buarque (PDT-DF), que faz parte da base governista no Senado, defendeu as investigações. Para ele, se o STF determinou a instalação da CPI, o Senado tem que cumprir.
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