Em convenção nacional, o PSDB confirmou no sábado, 4, a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa. As informações são do Diário do Poder/Agência Brasil.
A campanha tucana terá o apoio do DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, que compõem o chamado Centrão, e do PTB, PPS e PSD.
Os presidentes nacionais do DEM, ACM Neto, e do PPS, Roberto Freire, além do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, pelo PSD, estiveram presentes na convenção. Também participaram os presidentes nacionais do PRB, Marcos Pereira, e do PP, Ciro Nogueira. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também participou da convenção.
O senador Aécio Neves, do PSDB de Minas, não participou da convenção.
Em seu primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que aceitava a indicação com “humildade e senso de responsabilidade”.
Ele afirmou que o país passa por um momento grave, citou o desemprego e a corrupção, e disse que “não há tempo a perder”.
“Aceito ser candidato à Presidência da República. Sou candidato para buscar um mandato que pode ser resumido em uma frase: Vamos mudar o Brasil e devolver aos brasileiros a dignidade que lhes foi roubada”, discursou Alckmin.
O candidato disse ainda que. em um eventual governo, pretende unir o país. “Não podemos nos dividir, porque uma nação dividida não multiplica empregos, saúde, educação, segurança. Um país dividido não multiplica felicidade. Quero ser presidente para unir o país”, afirmou.
Perfil
Quatro vezes governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de 65 anos, é um dos fundadores do PSDB. Formado em medicina pela Universidade de Taubaté, começou sua carreira política em 1972, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, onde foi eleito vereador, presidente da Câmara dos Vereadores e prefeito da cidade.
Em 1982, foi eleito deputado estadual. Participou da Assembleia Nacional Constituinte de 1986, antes de chegar ao governo de São Paulo em 2001, como vice do governador Mário Covas. Com a morte de Covas, Alckmin assumiu definitivamente o cargo de governador, para o qual foi eleito em 2002 e que voltou a ocupar por mais dois mandatos, após vitória nas eleições de 2010 e 2014.
Em 2006, o tucano concorreu à Presidência da República, mas foi derrotado no segundo turno pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi reeleito. Alckmin assumiu a presidência nacional do PSDB em dezembro do ano passado.
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