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PSB propõe combate sem trégua à pobreza e desigualdade

O deputado Romanelli, vice-presidente do PSB do Paraná, disse nesta terça-feira, 12, que na atual conjuntura, é preciso ter coragem para propor políticas públicas que combatam com vigor a pobreza e a desigualdade. “Esse foi o foco do encontro estadual do PSB realizado em Cascavel, etapa preparatória para o encontro nacional sobre a autorreforma”, disse Romanelli.

“Não tenho dúvidas de que o partido sairá fortalecido desta etapa e que vai propor ao Brasil um grande projeto de nação para transformar o país com uma visão moderna, sem amarras a disputas que não levam a nada. Coragem no presente para construir o futuro!”, completa Romanelli.

As reformas propostas pelo governo, segundo Romanelli, aprofundam ainda mais a crise econômica e social enfrentada pelo país. “O nosso partido defende posições muito diferentes das neoliberais. Nós temos que buscar construir um caminho alternativo para o Brasil. A nossa prática prima pela liberdade e a democracia e temos que radicalizar a democracia inclusive a democracia interna dentro do PSB”, disse o deputado.

Autorreforma

O presidente nacional Carlos Siqueira explicou no encontro que a motivação para o processo de autorreforma partidária surgiu a partir da constatação de que o sistema político no Brasil está desconectado da sociedade, e tende a ruir. Para ele, a crise política virou um “divórcio” entre os eleitores e os partidos políticos, que precisa ser dissolvido para que o sistema político seja relegitimado.

“Evidentemente que quando se tem uma crise política que traz uma série de consequências gravíssimas em todos os âmbitos para o país, ela precisa ser resolvida, senão qualquer iniciativa de qualquer governo não envolverá soluções econômicas, sociais, ambientais para que o país se desenvolva dentro das suas potencialidades. Esse longo casamento precisa se relegitimar e, para isso, precisamos de uma série de iniciativas”, disse.

“Ou o sistema se recompõe ou teremos resultados inesperados nas próximas eleições porque a população vai continuar dando suas respostas nas urnas, assim como foi em 2018”, complementou.

O PSB dará sua contribuição para a renovação do partido e a melhora do sistema político. “Para darmos o exemplo, precisamos ter a compreensão de que é necessário um novo sistema político com poucos partidos, mas bem identificados ideologicamente”.

“É por isso que o PSB vai se autorreformar para melhorar internamente, para discutir sua própria democracia interna, ampliar o espaço para os militantes, deixar de ter decisões apenas de cúpulas e para que as pessoas que entrarem e que já estão no partido se sintam bem, encorajadas, empoderadas, pertencentes a uma instituição que precisa exercer seu papel de protagonismo na política brasileira”, explicou.

Novo programa

Na autorreforma, o PSB pretende atualizar o manifesto de fundação e o programa partidário datados de 1947. Para isso, convidará amplos setores sociais para dar a sua visão sobre o partido e sugerir ideias. O processo terá seu início em uma conferência nacional entre os dias 28, 39 e 30 de novembro, no Rio de Janeiro.

No evento, os socialistas irão debater e aprovar um documento-base, que estará disponível para consulta pública, acessível a todos os cidadãos, independente de filiação partidária. O texto será colocado em consulta pública para discussão nos estados e municípios, em 2020. O período de participação dos filiados e da sociedade civil se estenderá até o XV Congresso Nacional, que ocorrerá em março de 2021.

“A mudança não será apenas na cúpula, mas queremos que cada militante do PSB, cada pessoa com mandato decida igual no nosso partido e tenha o desejo de ter um país melhor em que o povo viva com mais dignidade. Se nós tivermos a consciência do nosso papel e nos juntarmos nessa corrente, se liberamos nossa energia e nosso entusiasmo para a mudança do nosso próprio partido, nós poderemos dar o exemplo”, ressaltou o socialista.

Coragem

“Tenham coragem porque a característica das pessoas que se filiam ao PSB e querem mudar o país é esta. Quem não tiver coragem não deveria estar nesse partido. Quem não tem coragem são aqueles reacionários que querem a manutenção do status quo, do que já existe. Nós, socialistas, não queremos isso. Queremos agradecer o que já existe, mas queremos, sobretudo, mudar o país para melhor e dar dignidade ao povo”, finalizou Siqueira.

O deputado Aliel Machado ressalta que o PSB quer dialogar com a sociedade e os seus filiados e mostrar que é possível fazer as transformações necessárias que o Brasil precisa.

“Passamos por um momento de crise política, de negação dos partidos, e é preciso mudança, renovação e comprometimento. O PSB propôs agora uma autorreforma. Uma discussão sobre os problemas graves da sociedade, sobre a crise econômica, a crise de emprego e a crise ética, da falta de representatividade e legitimidade da política”, afirmou.