As explicações inconclusivas recebidas no primeiro mês da instalação da CPI da Urbs levaram o vereador Valdemir Soares (PRB) a convocar, para depoimentos sob juramento, representantes dos setores jurídicos e contábeis das empresas que operam no sistema de transporte coletivo.
O pedido é para que os depoentes tragam informações detalhadas, podendo ser incriminados por falso testemunho, caso não digam a verdade; e que dessa forma seja garantida a transparência. “Ninguém gosta de ser investigado, mas é interesse de todos e a Câmara deve uma resposta esclarecedora à voz das ruas”, justifica o sub relator da CPI.
Até agora o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) só apresentou documentos com sugestões para o transporte coletivo e planilhas aleatórias que não tiraram as dúvidas dos parlamentares, pelo contrário “incitaram mais questionamentos”, declara Soares que ocupa a sub relatoria da Comissão.
Para o vereador são infundadas as declarações de que há prejuizo na operação, que funciona 20h por dia; na impossibilidade de responder com precisão quanto às multas aplicadas aos funcionários, e os valores descontados nas folha de pagamento dos mesmos. Além da apresentação dos balanços contábeis das empresas e dos consórcios, que ainda não chegaram na CPI.
Outra situação que se perdeu nas respostas evasivas dos informantes tanto da Urbanização S/A (Urbs), que administra o transporte coletivo quanto do Setransp, foram índices de qualidade do transporte público de Curitiba e região, estabelecidos no processo de licitação em 2010. Segundo informações recebidas na última reunião da CPI, o Setransp ainda está elaborando o relatório e a Urbs não sabe explicar o porquê somente o nome dos consórcios foram publicados e não o de cada uma das empresas.
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