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Proposta para instalação de VLT em Foz é entregue em Brasília

Representantes do Instituto de Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) encaminharamnesta sexta- feira (31), ao Ministério das Cidades, em Brasília (DF), a carta-consulta pleiteando recursos para instalação da primeira fase do projeto de Veículo LeveSobre Trilhos (VLT) na cidade.

O investimento previsto para a implantação do sistemaé de R$ 210 milhões.O documento, elaborado com apoio de Itaipu Binacional, contém dados técnicos dosistema viário do município, planilha de custos detalhada, mapas e estudos dedemanda para que o projeto seja incluído no Programa de Aceleração do Crescimento(PAC) Mobilidade Médias Cidades, lançado no último dia 19, pela presidente Dilma Rousseff.

Etapas – Nesta primeira fase, que será analisada pelo Ministério das Cidades, o projeto prevêum ramal de 12 quilômetros entre a futura sede da Universidade Federal da IntegraçãoLatino-Americana (Unila), na Avenida Tancredo Neves, até a Praça da Paz, no final daAvenida Juscelino Kubitscheck.

As fases seguintes contemplam um percurso total de 40 quilômetros, estendendo otrajeto do VLT até o Parque Nacional do Iguaçu, passando pelo AeroportoInternacional de Foz do Iguaçu.

Mobilidade – “Eu acho que o Brasil percebeu, com o crescimento econômico, que um dos maisgraves problemas das cidades hoje é exatamente a mobilidade. Por isso, estamosouvindo especialistas que atuam nesses modais para oferecer ao Ministério das Cidades uma proposta com visão de futuro e que atenda as necessidades de Foz doIguaçu”, afirmou o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek.

Estações- De acordo com o engenheiro Andreas Arion Schwarz, gerente do Departamento deObras e Manutenção (ODM.CD) e um dos coordenadores do projeto pela Itaipu, nestaprimeira etapa do projeto os trens passariam pelo canteiro central das avenidas JK e Tancredo Neves, com terminais intermodais instalados nas pontas do sistema (Unila ePraça da Paz) e outras 12 estações intermediárias.

Para suportar a demanda nos horários de pico, o estudo indica a necessidade deaquisição inicial de quatro composições. Cada composição é formada por dois vagõese tem capacidade para transportar até 400 passageiros. Ainda segundo Schwarz, ademanda prevista para o sistema é de 40 mil passageiros por dia.

No custo de R$ 210 milhões, estão incluídas a aquisição de oito composições com doisvagões (R$ 7 milhões cada uma delas, num total de RS$ 56 milhões), a construção dosterminais e das estações, as obras de infraestrutura para instalação dos trilhos, asreadequações viárias, a revitalização da Avenida Tancredo Neves, a construção doviaduto de acesso ao futuro campus da Unila e até a implantação de ciclovia em todoo trecho.

Ainda conforme o engenheiro, esse custo poderá ser abatido com a incorporação aosistema de tecnologia desenvolvida pela própria Itaipu. Um exemplo é a ideia detransformar as composições em veículos elétricos, com energia gerada a partir debanco de baterias de sódio.

Atualmente, os únicos VLTs fabricados no Brasil sãomovidos a diesel e biodiesel.PrazosNo total, o PAC Mobilidade Cidades Médias propõe liberar mais de R$ 7 bilhões, pormeio de financiamento público, para “fomentar ações estruturantes para o sistema detransporte coletivo urbano, por meio de qualificação e ampliação da infraestrutura demobilidade urbana”.

Foz é um dos 75 municípios brasileiros com mais de 250 mil emenos de 700 mil habitantes pré-habilitados para receber parte dos recursos.Pelo cronograma do governo federal, as propostas deverão ser analisadas de 3 desetembro a 1º de outubro; de 8 de outubro a 30 de novembro haverá a defesa daspropostas em reuniões presenciais.

A divulgação do nome das cidades contempladasserá no dia 14 de dezembro.Andreas Schwarz comenta que, se a proposta de Foz do Iguaçu for acatada, o próximopasso será a contratação do projeto executivo – processo que deve durar um ano –,seguido da licitação para as obras de infraestrutura e a aquisição dos equipamentos.

Se tudo der certo, o VLT começaria a rodar em Foz do Iguaçu no primeiro semestrede 2015.Solução para o transportePara o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, a proposta do VLT não apenasajuda a resolver um problema de transporte coletivo, sobretudo após a instalação do campus da Unila, como complementa outros projetos importantes em desenvolvimentona cidade.

Entre eles, a revitalização da Avenida Tancredo Neves, a construção dasegunda ponte ligando o Brasil ao Paraguai e o Projeto Beira-Rio, que tem apoio dopróprio governo federal. “São projetos que se comunicam”, destacou.

Polo de atrações – Samek lembra ainda que Foz do Iguaçu é o segundo destino mais procurado pelos turistas estrangeiros que visitam o País e que a realização de eventos internacionaisimportantes, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, tem potencial de atrair mais pessoas para a região.