Vera Magalhães, Veja
A Operação Custo Brasil, deflagrada nesta quinta-feira e que resultou na prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, não atingiu sua mulher, Gleisi Hoffmann, mas a senadora petista não escapará de responder a acusações igualmente complicadas. Isso porque a origem da operação, a delação premiada do ex-vereador do PT Alexandre Romano, o Chambinho, atinge Gleisi em cheio.
Além do contrato da empresas Consist para operar crédito consignado do Ministério do Planejamento, que teve parte da propina destinada ao advogado eleitoral da senadora, Chambinho afirmou que outro contrato fraudulento, desta vez com os Correios, irrigou o caixa dois na campanha de Gleisi.
Segundo ele, os recursos oriundos de um contrato fraudulento entre a empresa e uma prestadora de serviços ligada a ele eram repassados a um ex-chefe de gabinete de Gleisi e Bernardo. O volume total seria de R$ 600 mil.
O processo contra a senadora correrá no Supremo Tribunal Federal, onde o ritmo tem sido mais lento que na primeira instância. Mas as evidências colhidas na Custo Brasil devem acelerar a ação do Ministério Público Federal também em Brasília.
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