Os estacionamentos do Paraná poderão ser obrigados a reservar 5% das vagas existentes para bicicletas. É o que determina um projeto de lei apresentado nesta terça-feira (28) pelo deputado estadual Rasca Rodrigues (PV).
A proposta estabelece que os estacionamentos privados localizados em municípios com mais de 200 mil habitantes deverão ofertar as vagas para os ciclistas, em suporte apropriado e com as mesmas garantias dos usuários de veículos automotores.
“Os ciclistas disputam diariamente espaço no trânsito com outros veículos. Precisamos incentivar alternativas como a bicicleta, que ganha cada vez mais adeptos, como solução para esse trânsito cada vez mais caótico”, defende Rasca, que é um dos criadores da Frente Parlamentar da Mobilidade Urbana Sustentável da Assembleia.
O descumprimento da medida acarretará em multa ao estabelecimento infrator em R$ 5 mil e, em caso de reincidência, R$ 10 mil. Segundo o censo do IBGE de 2010, o Paraná possui oito cidades com mais de 200 mil habitantes: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu e Colombo.
Segundo o deputado Rasca, a proposta além de ajudar na solução para o congestionamento dos grandes centros urbanos, proporciona também benefícios à saúde da população.
“Sabemos que os ciclistas encontram vários empecilhos na hora de optar pela bicicleta, entre eles a falta infraestrutura nas vias públicas. Com o projeto, queremos oferecer a quem opta pelas bicicletas a opção de terem um local para estacioná-las com segurança”, completou Rasca.
Cicloativismo
Para o coordenador do Programa Ciclovida da Universidade Federal do Paraná (UFPR), José Carlos Assunção Belotto, a iniciativa representa um grande avanço porque estimula o uso de bicicleta e reconhece a importância de outros meios de transporte em áreas urbanas.
“As pessoas que utilizam bicicletas sabem que um dos principais inibidores do seu uso é a falta de local para deixá-las. Por isso, vemos com bons olhos a iniciativa, que coloca o Paraná em sintonia com legislações semelhantes em outros países”, destacou Belotto.
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