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Projeto para 2012. PCdoB quer quintuplicar candidatos a prefeito

Por Eduardo Militão, no Congresso em Foco:

O PCdoB quer deixar de ser periférico para atuar como protagonista nas políticas públicas. Nas próximas eleições, a legenda que passou 60 de seus 89 anos na clandestinidade quer quintuplicar o número de candidatos a prefeito. Se eram aproximadamente 200 nas eleições de 2008, vão ser mais de mil candidatos no ano que vem, informa o deputado Osmar Júnior, líder do PCdoB na Câmara e ex-vice-governador do Piauí.

“A prioridade é lançar candidatos ao Executivo tanto quanto ao Parlamento, e a prioridade é lançar em chapa própria”, disse ele ao Congresso em Foco, em meio ao seminário do PCdoB, encerrado na noite de sábado (18) para discutir um novo modelo de desenvolvimento para o país. As estrelas da legenda são o vereador e cantor Netinho de Paula, pré-candidato à prefeitura de São Paulo; o novo presidente da Embratur, Flávio Dino, em São Luís (MA); o senador Inácio Arruda, em Fortaleza (CE); a deputada Alice Portugal, em Salvador (BA), e a deputada Jô Moraes, em Belo Horizonte (MG).

O partido quer aproveitar a vitrine do Ministério do Esporte, que comanda desde 2003, atualmente com Orlando Silva, e a proximidade da Copa do Mundo, maior evento esportivo do planeta, para ganhar relevância na política nacional. O seminário do PCdoB serviu para avaliar as experiências da sigla no Executivo e analisar como potencializar as boas práticas no futuro, explica o deputado Osmar Júnior.

Vidraça

O líder do PCdoB diz que o partido não teme passar de pedra à vidraça ao buscar mais ação no Executivo e ao tratar do esporte, tema que rendeu e ainda rende escândalos e polêmicas. O principal programa do Ministério do Esporte, o Segundo Tempo, foi investigado pela Operação Shaolin da Polícia Federal por desvio de dinheiro público; os Jogos Pan-americanos do Rio em 2007 custaram à União mais que o triplo do previsto; recentemente, órgãos técnicos e a oposição questionaram o efeito que um novo regime de licitações para a Copa pode trazer em superfaturamentos e sobrepreços.

Osmar Júnior diz que é natural o desgaste de quem sai do Parlamento e vai para ao Executivo, mas diz que o partido está preparado para a mudança. “Ele deixa de ser tratado como o bonzinho, aquele que está sempre na defesa do bem”, admite o líder, ao se referir às ações de deputados e senadores.

Entretanto, defende a ação do PCdoB na condução do Ministério do Esporte: diz que os desvios no Segundo Tempo foram pontuais e corrigidos; diz que, no geral, o Tribunal de Contas da União (TCU) considerou bons os resultados alcançados pelo programa; e afirma que os gastos extras no Pan se deveram à falta de clareza nos compromissos que seriam assumidos pela prefeitura do Rio de Janeiro.

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