Tramita na Assembléia Legislativa projeto apresentado pelo deputado Alexandre Curi (PMDB) que dispõe sobre o uso na alimentação de porcos e javalis de restos de alimentos que contenham proteína animal de qualquer procedência, salvo quando submetidos a tratamento térmico que inative o vírus responsável pela disseminação da peste suína. A iniciativa proíbe ainda a permanência dos animais em lixões, bem como o uso de comida destes locais para a alimentação dos animais.
O projeto, segundo Curi, visa garantir a não contaminação dos animais utilizados para alimentação na transmissão da doença, que é de fácil propagação. A PSC não é uma zoonose, ou seja, não é transmitida para os seres humanos. A ausência mantém o Paraná com o status de livre para a doença, garantindo ao Estado continuar exportando a carne suína para outros Estados ou países.
O Paraná já é livre da doença sem necessidade de vacinação desde 1994, quando recebeu o status nacional de área livre. O Estado é o terceiro maior produtor nacional de suíno, com mais de 60 mil propriedades produtoras, um rebanho de 5,3 milhões de cabeças, representando 14,5 % do total nacional.
Segundo ainda o deputado, o Estado produziu 606 milhões de toneladas de carne suína no ano passado e tem 77 abatedouros licenciados. A suinocultura representa 5,1% do Valor Bruto da Produção paranaense, correspondendo a R$ 3,52 bilhões.
PSC
A Peste Suína Clássica (PSC), também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma enfermidade contagiosa e muitas vezes, fatal aos suínos, causada por um vírus RNA envelopado pertencente a família Flaviviridae.
Foi no século XX que sua etiologia viral foi estabelecida, embora tenha sido reconhecida pela primeira vez no século XIX. Nos dias de hoje no Brasil, algumas das regiões mais importantes na criação de suínos são livres da doença, embora permaneça endêmica e recorrente em outras áreas. Este é uma das doenças mais importantes dos suínos domésticos, sendo assim de notificação compulsória.
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