Negra, mulher e professora. Esse é perfil de Margarida Maris da Silva, a Professora Margarida ou simplesmente Marga para os amigos. A Professora Margarida é um das sete candidatas do PTB na disputa de uma das 15 cadeiras da Câmara Municipal em 15 de novembro. A construção da candidatura, aprovada neste sábado, 12, em convenção, tem uma forte base de apoio entre os professores e servidores municipais, setores ligado à cultura, esporte, movimentos sociais e nos bairros da região norte.
“O que mais me orgulha é quando encontro um ex-aluno na cidade que fala: a senhora é a professora Margarida, minha professora. Nem precisa dizer que isso me emociona muito porque vejo que o meu trabalho, minha missão como professora, é reconhecido e se tornou referência para os meus alunos”, disse Margarida, uma mulher que lutou muito, vindo de uma família pobre, humilde e numerosa, mais cheia de sonhos e que colocou a educação como fundamental na formação cidadã.
Estudar e se formar era uma questão de prioridade e seguindo o exemplo das irmãs mais velhas, Margarida fez magistério e se formou em Letras, na Unioeste em 1990. Em 1991, concorreu e venceu as eleições para diretora de escolas. E assim, se dedicou à educação por 32 anos, como professora e diretora das escolas municipais Cora Coralina e Jorge Amado, se aposentou em 2015.
Voluntária
Também atuou no esporte e depois de aposentada, fez o curso de técnico em gastronomia. “Cozinhar e receber amigos para um bom bate papo e descontração é uma das coisas que mais amo fazer”.
Margarida também sempre foi voluntária de todas as comunidades em que fez parte e atualmente participa do grupo Amig@s Voluntárias. Ela não se permite ficar parada, está sempre em movimento e com essa energia que lhe é peculiar, apoiada e incentivada pela família e amigos, aceitou mais um desafio, se eleger vereadora. “Quero ser a primeira vereadora negra da história de Foz do Iguaçu”.
Projetos
A candidata também defende a implantação de cursos profissionalizantes na área de tecnologia da informação, clínica pública veterinária, programas de esporte na comunidade, melhoria do postos de saúde, programas que contemplem a saúde através da atividade física, de combate à obesidade e desnutrição e doenças relacionadas, fortalecimento dos grupos de apoio às questões relacionadas às consequências da pandemia (depressão, transtorno de ansiedade, suicídio, cris econômica, entre outros) e também o fortalecimento do setor cultural negro, através de seminários, workshops, festivais culturais, literatura, teatro, religião e gastronomia.
“Considero a Câmara de Vereadores como um espaço de lutas das minorias. É uma obrigação, sobretudo moral, daquele que teve voto de confiança do eleitor: lutar de bem estar comum e dos mais vulneráveis”, diz Margarida das inúmeras propostas e dos inúmeros projetos que vai defender durante a campanha.
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