O vereador Professor Galdino (PSDB) adiantou nesta sexta-feira, 9, que vai oficiar a Câmara dos Deputados para que esclareça sobre as contribuições do prefeito Gustavo Fruet (PDT) ao plano de plano de previdência complementar dos deputados. Galdino suspeita que Fruet recebeu benefícios como aposentado entre os naos de 2011 e 2012, quando ficou sem mandato depois de disputar e perder uma vaga ao Senado pelo PSDB em 2010. “Vou apresentar um requerimento já na segunda-feira (12), porque tem que se esclarecer esse forte rumor nesta campanha eleitoral de que o prefeito se aposentou com proventos da Câmara dos Deputados aos 48 anos de idade enquanto a maioria da população brasileira tem que trabalhar até os 65 anos para se aposentar”, disse Galdino.
Segundo a assessoria de imprensa do legislativo federal, as regras para aposentadoria dos deputados foram alteradas em 1997 com a extinção do Instituto de Previdência dos Congressistas e a criação de um plano de seguridade dos parlamentares. A lei prevê aposentadoria com proventos proporcionais ao tempo de mandato. Fruet chegou a ocupar três mandatos na Câmara dos Deputados entre 1999 e 2010. Se optou pela aposentadoria, os proventos de Fruet foram calculados à razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano de mandato. O benefício é suspenso quando o deputado aposentado volta a exercer qualquer mandato eletivo federal, municipal ou estadual.
Galdino afirmou ainda que espera a resposta da ADBI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) sobre a situação funcional de Marcia Oleskovicz Fruet, mulher do atual prefeito. Conforme o jornal Folha de S. Paulo, Márcia Fruet é funcionária fantasma do órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Isso ainda não ficou esclarecido perante a opinião pública e à população de Curitiba”, diz Galdino.
Segundo o jornal paulista, a agência convocou ao trabalho cinco funcionários de licença. A recordista, há seis anos sem aparecer, é Marcia Fruet. O interessante, a mulher do prefeito pode até alegar que está de licença desde 2013 no comando da FAS (Fundação da Ação Social de Curitiba). Mas os dois outros anos anteriores, 2011 e 2012, o que Marcia Fruet fazia que não trabalhava no órgão ao qual estava vinculada. Nota-se ainda que a mulher do prefeito ganhou a sinecura durante o governo do PT, parceiro de Fruet, e hoje rechaçado pelo pedetista.