Ademar Traiano
Como deputado estadual investi anos de trabalho e dedicação para levar o curso de Medicina para minha cidade, Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. Com o apoio do governador Beto Richa (PSDB), consegui realizar esse sonho em 2013.
Nesta semana pude anunciar ao reitor da Unioeste que o campus de Francisco Beltrão tem disponível os recursos do governo do estado, no valor de R$ 3,24 milhões, para construir o Ambulatório do Curso de Medicina. Esse ambulatório será utilizado pela primeira turma, que entrou em 2013, a se formar em Medicina no Campus de Beltrão.
O governo estadual investiu pesado no curso de Medicina. Em 2017 a Unioeste de Beltrão ganhou três novos blocos para o Centro de Ciências da Saúde, que abriga os cursos de Medicina e Nutrição. Foram R$ 8,2 milhões na obra e na compra de equipamentos. Só o espaço, inaugurado em março de 2017, tem 3.480 metros quadrados e abriga 17 laboratórios.
Essa rápida conclusão de um ciclo completo de um curso superior complexo e oneroso como é Medicina, revela o quanto a educação é, no Paraná, uma prioridade real e não o slogan publicitário vazio.
Nunca se investiu tanto em educação no Paraná como nos últimos seis anos. Das receitas líquidas do Estado, 35% são investidos em educação, superando com folga a exigência constitucional de um investimento de 30%. Mais de 23 mil profissionais de educação foram contratados. A rede de ensino público paranaense já soma um milhão de estudantes, e emprega mais de cem mil profissionais, distribuídos em 2,1 mil escolas.
A remuneração média dos professores, que era de R$ 2,1 mil em 2011 é hoje de R$ 5,2 mil, o que representa um percentual de aumento de 146% no período. Ao final de carreira do magistério paranaense, com pós-graduação, tempo de serviço e gratificação, os salários giram em torno de R$ 15 mil.
Essa prioridade para a educação é uma opção estratégica do governo do estado que aposta suas fichas numa valorização do ensino e no diferencial da boa qualificação dos estudantes. Mas ela se tornou economicamente viável graças a uma guinada na economia paranaense produzida em 2015, quando a maioria dos estados sequer havia se dado conta do tamanho do desastre produzido pela “nova matriz econômica” de Dilma Rousseff.
Em 2015, o Paraná colocou em prática um duro ajuste fiscal, que aprovamos na Assembleia. Esse ajuste, combinado com uma arrojada política de atração de investimentos, permitiu que o estado mantenha suas contas em dia, dê aumentos e tenha o maior ciclo de investimentos de nossa história. Isso acontece enquanto a maioria dos estados tem dificuldades de honrar a folha do funcionalismo e pagar fornecedores.
Curiosamente, mas não surpreendentemente, o ajuste salvador, que hoje permite todas essas conquistas e que a educação no Paraná produza resultados como os bons salários dos professores e instalações importantes, como a do curso de Medicina de Beltrão, teve oposição selvagem de sindicatos ligados a rede estadual de ensino aparelhados pelo PT.
A realidade tem sido adversa para os profetas do apocalipse. Os eternos radicalizados tem hoje dificuldades de encontrar argumentos para arregimentar seguidores para sua permanente e infrutífera mobilização.
Deixe um comentário