Um dos principais nomes do PSB no Parana, o deputado Luciano Ducci disse que a prioridade do partido para as eleições de outubro é trazer para seus quadros o ex-senador Osmar Dias (PDT) e lançá-lo para o governo do Estado. Para Ducci, a filiação de Osmar consolidaria o reposicionamento do PSB como um dos principais partidos de centro-esquerda e sua prioridade às candidaturas estaduais, além de dar a Osmar a possibilidade de dar palanque a seu irmão, Alvaro Dias, presidenciável pelo Podemos, no estado, uma vez que o PDT tende à candidatura própria de Ciro Gomes. As informações são de Roger Pereira no Portal Paraná.
“Uma das questões que o partido tem colocado como prioridade é a filiação do senador Osmar Dias, que está sendo conversada, discutida, mas é uma decisão que deverá acontecer até o final do mês. Ele vem conversando com a direção nacional do partido e, em breve, a gente vai ter uma definição quanto a isso”, disse o deputado, apontando que, no congresso do partido, realizado no último sábado, foi definido por se priorizar as candidaturas estaduais, deixando a eleição presidencial em segundo plano e permitindo aos estados conduzirem suas alianças eleitorais da forma mais conveniente para cada diretório, o que permitiria ao PSB do Paraná apoiar Alvaro Dias, por exemplo.
“Teremos mais de 10 candidatos viáveis a governadores do brasil e não tenho dúvida que o PSB vai ser o partido que vai governar mais pessoas no Brasil, o que já acontece a partir de 7 de abril, quando assumimos o governo de São Paulo”, disse Ducci. “A definição ficou para a convenção do partido, mas a tese mais forte internamente é não ter candidatura própria para priorizar alianças visando as candidaturas estaduais. Para aumentar a viabilidade dos nossos candidatos a governador, o partido deve deixar aberto aos diretórios de cada estado construírem suas alianças”, acrescentou.
No congresso do PSB também foi reafirmada a posição do partido como legenda de centro esquerda, de oposição ao governo Temer e contrária, pro exemplo, à reforma trabalhista, num congresso que foi definido por seus filiados como um reencontro do partido com sua história. “O PSB é um partido de 70 anos, que sempre teve uma posição muito clara e, agora, no Congresso do Partido, a gente defendeu bastante a questão da independência do PSB em relação aos outros partidos e para que o PSB possa ter uma postura coerente na defesa das bandeiras que sempre defendeu: a defesa das pessoas mais humildes, a geração de empregos com qualidade e bons salários, saúde e educação públicas de qualidade”.
Reflexos desse posicionamento do PSB, disse o deputado, são as recentes filiações dos ex-parlamentares da Rede Aliel Machado (eleito pelo PC do B do Paraná) e Alessandro Molon (eleito pelo PT do Rio de Janeiro). “São reflexos, mas a gente já se posicionou, desde o ano passado, contra a reforma da previdência, contra a reforma trabalhista, contra as privatizações de questões estratégicas para o Estado, como Eletrobras, Petrobras, dos bancos públicos”, disse Ducci.
Ex-vice prefeito de Beto Richa (PSDB), a quem sucedeu na prefeitura de Curitiba e apoiador de Rafael Greca (PMN) na última eleição municipal, Ducci não acredita que o reposicionamento nacional do PSB prejudique suas alianças históricas no estado. “Temos alianças tradicionais aqui no Paraná, mas são alianças de período eleitoral, com base em uma proposta de governo, que não tem relação com as posições nacionais. Nacionalmente o partido tem suas definições e eu sigo a orientação do meu partido. Quanto o partido fechou questão contra a reforma trabalhista, eu me posicionei contra a reforma trabalhista, independente do que os outros partidos pensavam”, disse.
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