Os primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar em Curitiba entre maio e junho de 2024, anunciou nesta quinta-feira (11/5) o prefeito Rafael Greca, ao participar do Workshop Modelos de Negócio para Eletromobilidade, no Complexo Imap no Parque Barigui.
Greca confirmou a compra dos primeiros 70 ônibus elétricos de Curitiba, com investimentos de R$ 200 milhões, como o marco do programa de eletromobilidade do município.
Sem emissão de CO2 e ruídos, o ônibus elétrico é considerado o futuro da mobilidade nas grandes cidades e é uma das principais agendas do município para os próximos anos, dentro do compromisso de reduzir a emissão de poluentes. No médio prazo, até 2030, 33% da frota de ônibus de Curitiba deverá operar com emissão zero; alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), alinhado às ações globais de sustentabilidade.
Do total de veículos a serem adquiridos, 28 serão articulados e 42 modelos Padron. A primeira linha a receber os modelos será a Interbairros II. O projeto contempla ainda a utilização de veículos zero emissões no novo Inter 2 e no BRT Leste/Oeste.
“Queremos que o nosso BRT, consagrado e copiado por mais de 200 cidades em todo mundo, seja o metrô de superfície elétrico, moderno e não poluente. O futuro do transporte coletivo e das cidades passa pela descarbonização”, afirmou Greca.
Os fabricantes devem ser definidos com base nos testes em curso na cidade, que envolvem as empresas Volvo, Mercedes, Eletra, Marcopolo, BYD e Higer. “Temos oito veículos homologados para testes até outubro desse ano, que serão avaliados de acordo com autonomia, segurança e conforto do passageiro”, disse Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs).
Primeiros testes
No mês passado, tiveram início os primeiros testes técnicos com um ônibus elétrico da chinesa BYD no transporte coletivo. O modelo articulado está circulando, sem passageiros, pelas rotas das linhas Interbairros II, Inter 2 e no Eixo Leste/Oeste. Nos próximos dias devem começar os testes com a fabricante brasileira Eletra.
“Estamos iniciando o processo de migração para a matriz elétrica, não poluente. Trata-se de uma tecnologia nova, que precisa ser avaliada dentro da realidade do transporte coletivo. O teste técnico é muito importante para medir qual é a performance dos diversos modelos elétricos, mapear resultados e ainda verificar possíveis desafios”, afirmou Maia Neto.
Segundo ele, o modelo de aquisição dos veículos está sendo estudado. “Podemos ter um modelo privado, público, híbrido, com a participação pública e privada, ou ainda com o abastecimento separado. Estamos avaliando todas as possibilidades para escolhermos a melhor opção para Curitiba”, disse.
Com a compra dos veículos, o município vai preparar a infraestrutura de apoio, com a implantação de melhorias viárias, requalificação de ruas, estações-tubo e pontos de recarga nas garagens das empresas de ônibus e em áreas públicas da capital.
Fonte: Prefeitura de Curitiba / Foto: Daniel Castellano/SMCS
Deixe um comentário