Folha Online
Dois presos morreram decapitados em um presídio de Tocantins na noite de sexta (5), quatro meses depois de afirmarem terem sido torturados por policiais dentro de uma unidade prisional do Estado.
Em abril, reportagem da Folha mostrou vídeo (AQUI para assistir o vídeo) do circuito interno em que agentes de segurança usam pistola de choque em detentos rendidos e atiram o que parecem ser balas de borracha contra presos desarmados.
A cena, que ocorreu em fevereiro na principal penitenciária do Estado, em Araguaína, levou à troca de diretor da unidade e a uma investigação da Corregedoria da Polícia Civil –já que os autores dos disparos eram policiais responsáveis pela guarda de presos.
O vídeo só se tornou público depois que os detentos narraram o episódio à Defensoria Pública do Estado.
O defensor público Sandro Ferreira Pinto diz ser “temerário” afirmar que há relação das mortes com a denúncia, mas afirma que a hipótese deve ser investigada, porque “os indícios são muito fortes”.
“A impressão que passa é que qualquer um que denuncie a arbitrariedade policial terá esse fim”, diz.
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