Dez presos investigados na Operação Lava Jato já estão no Complexo Médico-Penal de Pinhais. Entre os transferidos ao CMP estão o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, os empreiteiros Erton Medeiros Fonseca, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Gerson de Mello Almada, João Ricardo Auler, José Aldemário Pinheiro Filho, José Ricardo Nogueira Breghirolli, Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Sergio Cunha Mendes. Além deles, serão transferidos também Adir Assad e Mario Frederido Mendonça Goes. As informações são do Bem Paraná e as fotos de Antônio More/Gazeta do Povo
De acordo com o secretário da Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, os transferidos vão ocupar quatro celas no CMP. A divisão dos presos nas celas será feita pela PF. Cada uma das celas tem três camas e o banheiro é coletivo – será dividido com cerca de 100 presos do CMP – e o banho será com água fria.
A alimentação também será igual a de todos os outros presos. “Vão comer o marmitex de todo preso comum do sistema penitenciário e vão usar o mesmo uniforme daquela unidade”, declarou o secretário em entrevista nesta manhã de terça-feira.
As quatro celas não têm TVs atualmente, mas os presos da Lava Jato poderão negociar a demanda com a diretoria da penitenciária. Terão direito ainda a uma hora por dia de banho de sol e a duas horas e meia de visitas coletivas aos finais de semana.
Na decisão que autoriza a transferência, Moro considera que o local garantirá melhores condições para os presos –o espaço foi vistoriado pela PF. Moro também afirma que os presos da Lava Jato deveriam ficar separados da maior parte da população carcerária porque haveria algum risco de sofrerem violência dos outros presos, em função da grande repercussão do caso.
Todos são acusados de participação no esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro atuante dentro da Petrobrás.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais em primeira instância, não autorizou a transferência de Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras. Segundo o magistrado, o réu já estaria recebendo assistência psicológica na carceragem da Polícia Federal. O pedido do tratamento foi feito pela defesa de Cerveró no início de fevereiro, após o ex-diretor passar mal na sede da PF.
Outro preso que teve o pedido de transferência negado foi o presidente da construtora UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, por solicitação do Ministério Público Federal (MPF).
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