O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, apresentou sua renúncia ao Congresso nesta quarta-feira (21), na véspera de uma votação impeachment, após alegações de compra de votos abalaram seu governo de centro-direita. Conhecido como PPK, ele liderou o país por um ano e sete meses. Segundo o jornal local “La República”, a decisão foi tomada após uma sessão do Conselho de Ministros do país. Um anúncio oficial à nação deve ser feito mais tarde nesta quarta. O primeiro vice-presidente deve agora assumir o cargo – há dois no país. As informações são do UOL.
A crise política enfrentada por PPK, 79, teve início com a operação Lava Jato, que impulsionou investigações em diversos países da América Latina e da África, com acusações de que a empreiteira Odebrecht teria subornado governos locais para garantir contratos de
obras públicas.
Em dezembro de 2017, o congresso peruano votou o impeachment do presidente, no entanto o processo não teve o número de votos necessário para derrubá-lo. No entanto, nos últimos dias, veio à tona um vídeo em que políticos pró-governo oferecem projetos de obras públicas a parlamentares, em troca de ajuda para derrotar o pedido de impeachment. O escândalo foi apelidado de “Kenjivideos”, uma referência a Kenki Fujimori, filho do ditador Alberto Fujimori, que aparece no vídeo tentando comprar os votos.
A renuncia é feita um dia antes de o Congresso votar um novo pedido de retirada do presidente do cargo. Ex-banqueiro de Wall Street, PPK também tinha planos de se encontrar com Donald Trump em uma cúpula regional programada para abril.
Foto: arquivo/google
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