O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) alertou nesta quinta-feira (7) que o Brasil levará muitos anos para recuperar o que perdeu em 2015 com a ingerência política e econômica do governo Dilma. O Banco Mundial cortou as projeções de crescimento do país para este ano e, segundo relatório divulgado pela instituição, a nação enfrentará uma retração de 2,5% em 2016. É o pior desempenho entre as principais economias mundiais. Além disso, o governo petista não possui medidas preparadas para apresentar como solução aos problemas econômicos, como destacou a própria presidente Dilma, durante café da manhã com jornalistas, em Brasília.
“Levaremos muitos anos para recuperar o que perdemos esse ano com esse governo. Isso é um prejuízo incalculável, irrecuperável. É lamentável. O governo do PT com Lula e Dilma é uma vergonha”, destacou o tucano, para quem a situação tende a se agravar.
A expectativa dos economistas do Banco Mundial é de que o Brasil só volte a crescer em 2017, com expansão de 1,4%. Entre 23 países apresentados no relatório da instituição, além do Brasil, só a Rússia deve ter contração na economia em 2016, de 0,7%. A média de crescimento mundial será de 2,9%, sendo que os países em desenvolvimento devem crescer 4,8% e, a América Latina, 0,1%.
As projeções para o Brasil pioraram desde o último relatório do Banco Mundial, divulgado em junho de 2015. Os economistas mencionam várias vezes o país e falam de um “severo ajuste” em meio a desafios domésticos e internacionais e aumento do risco político.
Em meio a tudo isso, Hauly destaca que a maior preocupação do governo tem sido evitar o impeachment, enquanto a economia patina. De fato, não há consenso sobre que ações tomar para tentar alavancar a economia. O ex-presidente Lula defende que o Planalto sinalize mudanças no setor até março. Já o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, diz que governo não tem “coelho na cartola”, ou seja, não anunciará nada bombástico, como foi confirmado por Dilma nesta quinta-feira.
Mais uma vez o governo deixa para depois as reformas essenciais para o país. A ideia é lançar ações de estímulo à economia que tenham efeito rápido. Reformas estruturais, como a da Previdência, serão deixadas para um momento posterior, como informa o jornal “O Globo”. Interlocutores do Planalto dizem que a prioridade é vencer a batalha do impeachment. Já o ex-presidente Lula tem defendido que a melhoria dos indicadores econômicos será fundamental para barrar a tentativa de afastamento da presidente.
Segundo Jaques Wagner, na avaliação do governo 2015 terminou melhor do que o esperado. Hauly alerta que a situação tem, na verdade, se agravado. “Há desemprego, perda de poder aquisitivo, aumento da inflação, elevação das taxas de juros, endividamento das famílias, poder de compra em queda livre. Ou seja, as famílias brasileiras, principalmente os trabalhadores, serão os mais prejudicados em 2016, como foram em 2015”, alertou.
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