A prefeitura mobilizou as equipes no final de semana para auxiliar mais de 700 famílias atingidas e reduzir o impacto da chuva em Foz do Iguaçu. O secretário de Obras, Cristiano França reuniu a equipe, juntamente com a Sanepar e as prestadoras de serviços – Vital Engenharia e Eletromil – para limpar a lama deixada pela enxurrada.
No centro da cidade, o bairro Boicy e o final da Rua Santos Dumont foram os mais castigados. Na periferia, as regiões mais atingidas foram o Jardim São Luiz, Universitário, Campos do Iguaçu, Boicy, Morenitas e Portal da Foz. Três mil pessoas estão em estado de alerta. Durante mais de três horas, a chuva (mais de 80 mm) invadiu residências, comercio e arrastou na enxurrada bens e pertences de famílias.
Toda a lama e entulho do centro da cidade foram removidos, enquanto o trabalho nos bairros continua. As famílias atingidas estão recebendo suporte da Secretaria de Assistência Social, Família e Relações com a Comunidade, através do Centro de Referência e Assistência Social (CREAS), e sendo cadastradas pelo Fozhabita. A defesa Civil distribuiu lonas e está com locais preparados para receber desabrigados.
Prefeito busca solução para o problema
Problemas dessa ordem têm feito parte da rotina de Foz do Iguaçu há quase duas décadas. Por isso, o prefeito Reni Pereira tem priorizado a busca de solução para a situação. Ao todo são 42 pontos críticos, na área urbana. Várias medidas já foram adotadas em menos de dois anos de governo. As principais delas são a remoção dos moradores das áreas de riscos, para novas moradias, serviços de drenagem, desobstrução de bocas de lobo, substituição de tubulação de captação de água subterrânea, mutirões de limpezas e construção de barreiras de contenção.
Para resolver definitivamente o problema, está em processo de licitação, a contratação de uma empresa que fará um levantamento técnico de todo o subsolo municipal, com parecer e elaboração de projeto. A partir desse diagnóstico e indicação das medidas que deverão ser adotadas, o prefeito Reni Pereira pretende iniciar uma revolução de baixo para cima, em Foz do Iguaçu. ‘Estamos trabalhando’, disse o prefeito. ‘Alguns bairros que antes ficavam embaixo de água, com uma chuva forte, hoje já não sofrem com isso, Mas precisamos atingir todos os pontos. Ser norteados por técnicos. Não podemos mais correr riscos de só amenizar; de fazer uso de medidas paliativas. O povo precisa de solução e que ela seja definitiva’, concluiu.
O secretário Cristiano França (Secretaria Municipal de Obras) não parou desde ontem à noite, quando a chuva começou. Logo cedo, coordenou a limpeza das ruas e o suporte às famílias atingidas. ‘Nossa equipe está toda na rua. Neste momento, além de ajudar a cidade, é possível dimensionar o problema. Conhecer as alterações nos pontos vulneráveis e os novos surgidos, que estão sujeitos a alagamentos. A situação exige ações imediatas e estamos fazendo todo o esforço para diminuir o sofrimento da nossa população’, disse França.