A saúde pública de Foz do Iguaçu vive um momento de renovação. Além da manutenção e ampliação da infraestrura, a gestão Reni Pereira investiu em novas unidades para facilitar e aumentar o atendimento. “Uma de nossas atenções é sobre a mortalidade infantil. Já fomos modelo no Paraná e estamos melhorando o controle dos atendimentos para voltarmos a ter índices iguais ou menores que a média estadual”, explica o secretário de Saúde, Charlles Bortolo.
Ao completar 101 anos, Foz do Iguaçu conta com duas novas Unidades Básicas de Saúde, nos bairros Curitibanos e Campos do Iguaçu. Foram reformadas e ampliadas oito unidades: Ouro Verde, Profilurb I, Três Lagoas, Porto Belo, Três Bandeiras, Vila Yolanda, Vila Adriana e Carimã. Outras quatro estão em construção: Jupira, São Roque, Cidade Nova e Maracanã.
O programa Mais Médicos beneficiou o município com 26 profissionais, sendo quatro brasileiros, 11 cubanos e 11 de outros países, como Índia, Argentina, Peru e Espanha. “Basicamente recebemos um médico por unidade de saúde, o que ajuda muito no atendimento”, considerou Bortolo.
Todos os novos postos de saúde estão sendo equipados, inclusive com o programa de Saúde Bucal. “A odontologia funciona nas 28 unidades e conta com reforço do Centro de Especialidades Odontológicas para onde são encaminhados casos mais graves, como tratamento de canal, periodontia, buco maxilo, ou que dependem de próteses”, disse o coordenador André Buriasco. A UPA recebe os casos de urgência e emergência. Foz do Iguaçu é referência no atendimento odontológico e já venceu várias vezes os prêmios Paraná Sorridente e Brasil Sorridente.
Terceiro turno
Uma das inovações no último ano foi a ampliação do atendimento básico para o turno da noite. O programa, que começou a funcionar direcionado a casos de urgência e emergência, mudou no começo do ano para acompanhar a necessidade da população da região do Porto Meira. “A procura maior era por atendimento básico pois os pacientes não tinham tempo de ir ao posto durante o dia por causa do trabalho”, relembrou o diretor de Atenção Básica, Carlos Santi. A nova estratégia já aponta bons resultados e satisfação dos usuários, e pode virar modelo para outras regiões da cidade.
Saúde do Homem
Entre as campanhas desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Saúde, destaque para o Agosto Azul, antecipando os trabalhos de prevenção para o câncer de próstata, cujas atenções promovidas pelo Ministério da Saúde se dão em novembro. Em Foz do Iguaçu, o programa foi ampliado, contemplando a Saúde do Homem. Além da prevenção ao câncer de próstata, o município investiu nos cuidados com a hepatite B, HIV, sífilis, colesterol, diabetes, tabagismo, doenças cardíacas e acidentes de trânsito. “Também incluimos o homem no pré-natal da esposa, envolvendo-o nos trabalhos de prevenção e exames clínicos, uma inovação que levou a Fiocruz a acompanhar nosso trabalho como um novo modelo de gestão”, explicou a enfermeira Aparecida Steinmacher.
Banco de Leite
O Banco de Leite Humano também recebeu investimentos. Depois de 12 anos de existência, a entidade que funciona em parceria com o Hospital Ministro Costa Cavalcanti e Rotay Club, ganhou seu primeiro veículo próprio. “O carro vai aumentar a coleta de leite destinado às crianças internadas na UTI, e que dependem dessa doação que salva tantas vidas”, disse o prefeito Reni Pereira. O Banco de Leite de Foz também recebeu a Certificação Ouro durante o III Encontro do Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do Paraná. “Passamos a contar com o trabalho de duas biomédicas, melhorando a qualidade técnica e atendendo os critérios de excelência”, comemorou a coordeandora, Roseli de Oliveira. O veículo também vai ajudar a equipe a ensinar as mães doadoras, evitando também o desperdício por contaminação.
Combate à dengue
Apesar do município ter entrado na lista de epidemia por dengue no Paraná, o índice em 2015 representa pouco mais de 10% do total de 2010, quando foram notificados mais de oito mil casos da doença. No município o índice também foi baixo comparado a outras regiões do país, como São Paulo. Esse ano, o Centro de Controle de Zoonoses incrementou as estratégias. Em vez de usar armadilhas apenas para monitoramento do mosquito Aedes aegypti, os agentes instalaram mais de mil equipamentos em um bairro inteiro.O instrumento usa apenas água para atrair a fêmea e interromper a reprodução. “Estamos acompanhando a captura do mosquito contando com a poio da população do Jardim Cataratas, e os resultados podem ajudar a melhorar o combate à dengue no ano que vem”, disse o coordenador do CCZ, André de Souza Leandro. “Vamos instalar mais 5 mil equipamentos na cidade, nas regiões com mais incidência”, anunciou Bortolo.
Saúde Mental
Um novo patamar de qualidade está sendo alcançado no setor de Saúde Mental. Por meio da Secretaria Municipal da Saúde, foi implantada a unidade psiquiátrica, que conta com onze leitos destinados a internações curtas. Outros programas estão sendo reestruturados e otimizados, como o ambulatório psiquiátrico, o CAPS-AD, o CAPS II e o CAPS infanto-juvenil. “Estamos desenvolvendo a estratégia de matriciamento, ou seja, o treinamento das equipes para atuar junto aos portadores de patologias mentais”, explicou o coordeandor José Elias Aiex Neto. Duas emendas ja foram aprovadas para a construção de duas unidades destinadas à Saúde Mental.
Hospital Municipal
A nova gestão do Hospital Municipal Padre Germano Lauck aumentou o número de leitos, de 135 para 185. O corpo clínico atual conta com 98 médicos, e a variedade de especialidades também foi incrementada. Destaque para a ortopedia, cuja fila de pacientes era de 20 mil em 2012 e hoje não passa de 2,5 mil.
Reabilitação
O Centro Municipal de Reabilitação Auditiva (Cemura) vai ganhar sede própria e finalmente poderá ser inaugurado. As instalações estão em fase de conclusão, no Campus do Iguaçu. O Cemura está diretamente ligado ao Centro de Especialidades em Reabilitação (CER), novidade que está sendo implantada em Foz, e será o único do sul do País. “São vários tipos de reabilitação, como a motora, visual, intelectual, mental, órtese e prótese”, disse Bortolo. O CER recebeu investimento de R$ 8 milhões e será uma espécie de Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília, referência nacional em reabilitação.
Fortalecimento da rede
O município tem cerca de R$ 10 milhões por ano para exames de imagem, como mamografia, ultrassom, ressonância magnética, tomografia, raio-x, entre outros. A prefeitura também investiu R$ 500 mil em infraestrutura para atendimento de urgência e emergência, no Pronto Atendimento do Morumbi. “Temos investimento na informatização, em capacitação técnica de nossos enfermeiros e profissionais da saúde, e isso tudo se reflete no fortalecimento da rede de saúde”, disse Bortolo. “Com a ampliação dos serviços e melhorias na infraestrutura, temos condições de atender bem aos nossos moradores”, finalizou o prefeito Reni Pereira.
Deixe um comentário