A Prefeitura de Curitiba adiou a licitação de R$ 100 milhões para propaganda. Não resistiu à crítica e aos questionamentos. Com um pé atrás, a Comissão Especial de Licitação adiou a abertura dos envelopes com a habilitação jurídica e fiscal das agências que entraram na disputa. De 26 de novembro para 3 de dezembro. Por enquanto, terá que usar as agências que estão licitadas.
Os advogados das entidades que representam os profissionais e empresas de publicidade e propaganda – Abap, Sinapro e o Clube Criação – estão dê olho na licitação. Isto porque a comissão escolhida por Fruet para analisar as empresas é formada quase que exclusivamente por jornalistas com cargos comissionados, políticos do gabinete do prefeito e jornalistas da velha guarda – e não profissionais com conhecimento em propaganda e marketing, como prevê a lei.
A Lei Federal 12.532, que rege este tipo de licitação, define currículo e conhecimento técnico na área de marketing, propaganda e comunicação digital como prerrogativas necessárias aos membros da comissão técnica que avaliará trabalhos da agências de propaganda.
Entre os nomes escolhidos por Fruet estão Itamar Abib Neves e Gilson Santos (Chefe de Gabinete e Assessor Especial do prefeito, respectivamente), Abraão Benício e Daniela Neves (jornalista e porta-voz de Fruet), Tais Russo, Rudney Flores, Rosi Guillen, Luciana Oliveira, Melissa Ferreira, Fábio Kiil Ferreira, Daniel Castro e Clewerson Bregenski. Todos estes mantém algum vínculo com a Prefeitura.
Mas o que surpreendeu foi a seleção dos escolhidos sem vínculos – os jornalistas Roseli Abrão, Walter Schimidt, Hugo Santa’Ana, Eduardo Sganzerla, Ronei Pereira (Diretor do Jornal do Estado/Bem Paraná) e o publicitário aposentado Bira Menezes.
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