A confirmação dos R$ 80 milhões em subsídios ao transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, garantida pelo governador Beto Richa (PSDB), agradou a maioria dos prefeitos da RMC. “Este subsídio muda significativamente as decisões que venham a ser tomadas por parte das empresas e da Urbs”, avaliou o prefeito de Araucária, Olizandro Ferreira (PMDB).
Olizandro Ferreira ressalta que a medida de Beto Richa vai “ao encontro do que a população espera do Estado”. “Em momento algum senti que o governador estava pensando em cortar este subsídio, pelo contrário, ele tem ajudado muito na integração”.
Os prefeitos e comunidades torcem agora para que o valor da tarifa (R$ 2,70) seja mantido. Ainda nesta semana, técnicos da Urbs, responsável pela Rede Integrada de Transporte, devem se reunir com o sindicato dos motoristas e cobradores e decidir sobre o preço da tarifa do ônibus.
INTEGRAÇÃO – Beti Pavin (PSDB), prefeita de Colombo, sustenta que os repasses de R$ 60 milhões, mais os R$ 20 milhões de isenção do ICMS sobre o óleo diesel usado no transporte coletivo, consolida a integração do sistema que atende três milhões de usuários das 13 cidades da região metropolitana. “Consolida a integração que existe há 18 anos. Nós nunca havíamos corrido um risco de perder a integração, pois os prefeitos da capital sempre absorveram os custos, já que a Urbs e Comec fazem a gestão do transporte”, disse Beti Pavin.
“Fico feliz que o governador tenha assumido essa diferença para não comprometer a renda dos trabalhadores, principalmente os da região metropolitana”, completou.
Para o prefeito de Contenda, Carlos Eugênio Stabach (PMDB), o subsídio leva segurança administrativa para a região metropolitana. “Quando sentimos a vontade do governo do estado em acertar esse tipo de problema, nós prefeitos, temos mais tranquilidade, pois dependemos da integração do transporte coletivo”, disse.
O prefeito de São José dos Pinhais, Luiz Carlos Setim (DEM), afirmou que este é um “momento importante para todos os prefeitos da região metropolitana”. “É a vontade e a determinação do governador Beto Richa. Essa integração mostra respeito pelos trabalhadores e também aos empresários que investem e que pagam o vale transporte dos seus funcionários. Estamos aliviados, como administradores públicos e como povo”.
COMPROMISSO – Dos R$ 259,6 milhões em subsídios ao transporte coletivo no Paraná, a maior parte, R$ 219,6 milhões, atende os usuários da região metropolitana de Curitiba. Em junho, Beto Richa também reduziu em R$ 0,10 o preço das tarifas de 81 não integradas, gerenciadas pela Comec, que atendem três milhões de moradores de 18 cidades da região metropolitana.
O prefeito Aldnei Siqueira (PSD), de Almirante Tamandaré, disse “os recursos repassados através dos subsídios, isenções do ICMS e redução das tarifas, são compromissos assumidos com os moradores das cidades da região metropolitana porque muito deles trabalham em Curitiba. O dinheiro que o governador está repassando ao transporte coletivo demonstra o respeito aos usuários”, disse.
Para o prefeito em exercício de Fazenda Rio Grande, Marcio Wosniak (PSDB), os subsídios vêm ao encontro da necessidade dos moradores da cidade e ao dos prefeitos a governador. “Esse subsídio é fundamental para que todos os trabalhadores possam ter a tranquilidade, fazer seus orçamentos e terem condições de utilizar o transporte com o mesmo valor”, lembra.
Wosniak disse que os recursos afastam qualquer possibilidade de desintegração do sistema de transporte na RMC. “Isso não vai ocorrer. Peço bom senso a Urbs e aos prefeitos porque, no nosso caso, teríamos que organizar dentro da cidade uma nova estrutura. Seria um transtorno e, além disso, o nosso usuário teria que pagar mais para trabalhar, o que seria injusto”, adiantou.
Olho
Subsídios ao transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba alcançam R$ 219,6 milhões
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