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Prefeito, vice e 3 vereadores são cassados em Medianeira

O julgamento de um processo, em primeira instância, resultou na cassação dos mandados do prefeito de Medianeira, Ricardo Endrigo, da vice-prefeita, Maria Delcir Berta Aléssio, e de mais três vereadores eleitos em 2012. A sentença é do juiz eleitoral da comarca de Medianeira, André Doi Antunes e é passível de recurso. As informações são do portal Guia Medianeira.

O prefeito, a vice-prefeita e os vereadores Pedro Ignácio Sefrin, José Valdir Linhar e Jean Rogers Bogoni, foram acusados de infringirem a lei eleitoral. Além da cassação, eles também foram multados pela justiça eleitoral em 20 mil UFIRs cada um. A sentença declara ainda que todos eles ficam inelegíveis pelo período de 8 anos.

Também tiveram seus diplomas cassados, os suplentes de vereador: Anderson Luiz Wazilewski, João Ulisses Nunes Correa, Maria José Alver Pereira e Tarcisio Becker Sobrinho.  O processo contra todos eles, foi movido pela coligação Vida Nova Medianeira, que tinha como candidato a prefeito, Tomás da Cunha.

Os políticos cassados foram acusados de participar de um esquema de compra de votos em troca de moradias populares que supostamente seriam construídas na cidade com recursos do governo federal.  O caso começou no dia 11 de setembro de 2012, quando compareceu perante a Promotoria de Justiça, Diogo Possenti, noticiando um suposto esquema de oferecimento de casas populares para eleitores de Medianeira, em troca de votos, tendo como beneficiários o candidato ao cargo de Vereador Pedro Seffrin e o candidato a prefeito Ricardo Endrigo, entre outros.

Pessoas teriam sido procuradas por cabos eleitoras para se dirigirem até a Secretaria da Ação Social para realizar um cadastro. A ação ilícita teria ficado comprovada pelas pastas apreendidas pela justiça com os nomes dos candidatos representados, comprovando as declarações de Diogo Possenti, de que os eleitores levados à Secretaria da Assistência Social por cabos eleitorais dos candidatos ficavam cadastrados em pastas separadas, com o nome do respectivo candidato que fez a indicação e a promessa da casa popular. Complementando os documentos, foram tomados vários depoimentos pelo Ministério Público na fase investigatória e pelo Juízo. Na sentença, o juiz eleitoral da comarca de Medianeira, André Doi Antunes, destacou que considerando que eventual recurso não é dotado de efeito suspensivo, “determino o seu cumprimento imediato”.

Os políticos que tiveram seus mandatos cassados devem se manifestar hoje sobre a questão. A princípio, eles devem ingressar com um recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, para de forma liminar, impedir o imediato cumprimento da sentença, até que o processo seja julgado pela corte do TRE.

Caso isso não aconteça, o segundo colocado nas eleições passadas em Medianeira, Tomás da Cunha, do PT, que obteve 9.613 votos (38,54%), deve assumir o cargo de prefeito. Ricardo Endrigo, do PSDB, venceu com uma diferença de 163 votos, tendo somado 9.776 votos (39,20%).