Embora seja o gestor de Cascavel há dois anos e três meses, o prefeito Leonaldo Paranhos
disse ontem à noite, em entrevista à TV Tarobá, que quer acabar com a “fábrica de multas”
da Cettrans e a ânsia dos agentes em multar os motoristas na cidade: “Esse desespero que
há muitos anos tem em Cascavel para gerar receita tem feito um grande problema (sic) uma fábrica de multas para manter uma empresa que está totalmente falida”. As informações são de O Paraná.
A extinção da Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) deverá impactar em uma redução de 30% dos cargos existentes. Embora anteriormente o Executivo municipal tenha assegurado que não haveria demissões, haverá dispensas devido ao encerramento de vagas previstas na lei antiga.
Ontem uma reunião a portas fechadas no Paço Municipal foi convocada pelo prefeito de
Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), para apresentar aos vereadores um esboço do projeto
de lei que transforma a empresa pública em autarquia. A aproximação também buscou agirno convencimento para que os parlamentares aprovem a proposta que em breve deve ser encaminhada à Câmara.
A Redução de cargos foi anunciada por Paranhos. Entre 20% e 30% do total e que representarão uma economia de R$ 5 milhões por ano.
Uma das situações considerada mais conflitantes na Cettrans é a diferença salarial entre os servidores da empresa pública na comparação com quem trabalha no executivo. Secretaria de Planejamento e Gestão de Pessoas constatou que em cargos administrativos cujos servidores da prefeitura recebem R$ 1,5 mil ao mês, na Cettrans cargos equivalentes são remunerados, em média, por R$ 6 mil (ou seja, mais que o triplo).
As divergências existem em diferentes cargos. Inclusive, há situações em que, na Cettrans,
servidor com formação técnica (Ensino Médio) ganha muito mais que servidor com ensino
superior do Paço.
Sobre possíveis retaliações de servidores que ingressaram na Justiça, Paranhos assegurou
que os cortes seguirão pela avaliação do cargo – sem vingança! “Não vamos avaliar quem
ingressou ou não na Justiça, mas a necessidade de manter o cargo. Queremos manter uma
estrutura adequada, que possa se manter”, argumenta Paranhos.
Só de impostos, estima-se que serão economizados R$ 2,5 milhões por ano. Além disso, a
Cettrans deixaria de receber novas ações trabalhistas, que hoje equivale a R$ 2 milhões por ano.
Pela avaliação da administração municipal, a transição de empresa pública para autarquia
deve levar seis meses: tempo para criação de um CNPJ para autarquia de trânsito e
assinaturas de convênios com empresas de controle aéreo e de trânsito. “A autarquia é o
melhor caminho, com aproveitamento melhor dos fundos, acabando com a chamada
indústria da multa e assim incentivando o trânsito humanizado”, defende o líder do Governo na Câmara, Romulo Quintino (PSL).
link da notícia
https://oparana.com.br/noticia/paranhos-quer-acabar-com-fabrica-de-multas/
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