Dois meses após a derrubada da CPMF pelo Senado, a realidade mostra que a principal perspectiva ventilada pelos adversários do imposto não se cumpriu. O Jornal Nacional, da poderosa Rede Globo, veiculou uma matéria em sua edição de 1º de março, mostrando que, afinal, os preços não baixaram. E, aparentemente, não vão baixar. Os empresários entrevistados pela reportagem não abremn essa perspectiva.
Por exemplo, o diretor de uma fábrica de ônibus, a qual, segundo se alegava, pagava anualmente R$ 500 mil de CPMF, diz “acreditar” na geração de 20 empregos com o fim de imposto. Mas esses empregos ainda não existem.
O dono de uma loja de autopeças diz que agora separa o que pagava de CPMF para “investimentos”. O dono de um supermercado diz que a economia resultante do fim do imposto agora serve para um “imprevisto”. E justifica: “Nós estamos tendo aumento de custo de produto que, muitas vezes, o consumidor nem sabe”.
A matéria conclui de forma desconsolada: “O consumidor só não conseguiu enxergar o que realmente queria: que a economia dos empresários refletisse nos preços dos produtos”. Nenhum dos empresários entrevistados assumiu qualquer compromisso com a redução de preços ou geração de empregos.
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