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Pré-assembleia em Foz discute plano de viabilidade do SGC

Pré-assembleia em Foz discute plano de viabilidade do SGC

Associações comerciais de 60 municípios da região de Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo formarão comissão para elaborar estatuto da entidade que garantirá crédito a pequenas e micro empresas

Foi realizada na tarde desta quarta-feira (dia 2), na sede da Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu – ACIFI, a pré-assembleia para oficialização da Sociedade Garantidora de Crédito (SGC) que vai integrar todas as associações de mais de 60 municípios das regiões de Foz, Toledo e Cascavel. As pré-assembleias são necessárias para se iniciar o processo de seleção, por meio de edital, das propostas apresentadas pelos SGCs ao Sebrae, que terá recursos na ordem de R$ 30 milhões para o fornecimento garantia de crédito às micro e pequenas empresas do país.

A SGC do Oeste do Paraná vem sendo estudada há cerca de um ano e poderá garantir créditos para empresas utilizarem em capital de giro, investimento fixo ou investimento misto.

Na pré-assembleia foi apresentado o esboço do estudo de viabilidade e a minuta do estatuto da SGC, pelos representantes do IDR – Instituto de Desenvolvimento Regional, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) de Toledo que vem elaborando o projeto. Na apresentação, Jone Luiz Pasianot, vice-presidente da IDR, ressaltou que uma primeira pré-assembleia foi promovida na cidade de Toledo e será necessária também a realização de outra pré-assembleia, na cidade de Cascavel. “Então será formada uma comissão que ficará incumbida de alinhavar o texto final do estatuto”, ressaltou Pasianot. A aprovação do estatuto acontecerá durante uma a assembleia geral com data ainda a ser confirmada.

O consultor da IDR, Otmar Plec, fez uma explanação minuciosa sobre o estudo de viabilidade, montado a partir de levantamentos feitos pelas associações comerciais das principais regiões de abrangência da SGC. Ele acredita que a SGC do Oeste deverá focar a garantia de crédito mais para as empresas utilizarem em capital de giro, sendo que a proposta debatida no estudo de viabilidade será um prazo médio de oito meses. “Acreditamos que a SGC estará plenamente consolidada em cerca de 5 anos”, afirmou Plec. Essa é também a estimativa do Sebrae, conforme afirmou o consultor do órgão no Paraná, Osvaldo Brotto.

O estudo de viabilidade é necessário principalmente para o cumprimento das exigências contidas no edital do Sebrae, disponível para todo o país, e que indicará onde a entidade vai dispor dos recursos públicos que detém para o fortalecimento das pequenas e médias empresas. Brotto explicou que as SGCs deverão apresentar as propostas até dezembro deste ano para poderem contar com os recursos disponibilizados pelo Sebrae para esse projeto.

“Acreditamos que o SGC será um grande incentivo para os empresários da região”, destacou o presidente da ACIFI, Rodiney Alamini, que participou do encontro juntamente com o terceiro vice-presidente da ACIFI, Erci Werner, a vice-presidente Administrativo Elizangela de Paula Kuhn, e o diretor executivo, Dimas Bragagnolo.

Também participaram da reunião os presidentes das associações comerciais de Santa Terezinha de Itaipu, Clodoaldo Kirnev e de Matelândia, Nelson Shozi Kamel. A Associação Comercial e Industrial de Medianeira foi representada pela diretora Lucy Andreola Fernandes.

O que é SGC
A SGC é uma associação civil sem fins lucrativos que busca viabilizar o acesso ao crédito para micro e pequenas empresas (MPEs), com taxas de juros mais baixas e consultoria de apoio para reduzir o índice de fechamento de empresas. A garantia ao crédito é feita diretamente pela empresa ao Comitê Gestor, num processo ágil e desburocratizado.

A referência da SGC vem da Itália, que possui cerca de mil sociedades em atuação, denominadas CONFIDIs.  As entidades italianas funcionam como sofisticados fundos de aval, apoiando a obtenção de crédito por parte de pequenas e médias empresas”. O sistema italiano  No Brasil existia apenas uma iniciativa, a Associação de Garantia de Crédito (AGC), situada na Serra Gaúcha e que opera com o Banco do Brasil, oferecendo linha de crédito a 1,6% enquanto o mercado, antes da crise financeira desencadeada pelos Estados Unidos, trabalhava com 2,3% para as MPEs, além da exigência de garantias para o empréstimo.