O presidente do PPS-PR, Rubens "Limpinho de Voto" Bueno, deixou o senador Osmar Dias, candidato do PDT ao Governo do Estado, literalmente pendurado na broxa. Em outras palavras, Bueno deixou Osmar falando sozinho ao negar, em entrevista a rádio Band News de Curitiba, que havia um candidato à sucessão do governador Roberto Requião (PMDB), no acordo da grande aliança que reelegeu o prefeito Beto Richa (PSDB) em 2008.
De acordo com Bueno, o único compromisso firmado era de manter a aliança para a eleição estadual. “O que tínhamos eram três nomes para quatro vagas em 2010, que foram levantados numa reunião, numa conversa tranquila, natural: o de Osmar (Dias PDT), do Beto e o meu. Eram esses três nomes para quatro vagas majoritárias em 2010: governador, vice, e as duas para o Senado”, afirmou.
A manifestação de presidente do PPS joga por terra o discurso de Osmar e aliados, como o deputado federal Abelardo Lupion (DEM-PR), que chegou a dizer que a vaidade falou mais alto na decisão do prefeito Beto Richa. Lupion foi além, disse inclusive que o prefeito candidato havia empenhado em pelo menos cinco oportunidades o apoio ao pedetista.
E agora, quem está mentindo? Osmar e Lipion, ou Beto Richa, Rubens Bueno e o presidente do PSDB-PR Valdir Rossoni? Osmar acertou ao acreditar num acordo de ‘fio de bigode’ em 2008? O que deve fazer o senador para superar estes obstáculos? Enquanto as respostas não vem, Osmar e Beto correm o trecho no final de semana. O primeiro na região central e o segundo no sudoeste do Paraná.