Na contramão do resto do Paraná e do país, o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, não deverá reduzir a tarifa do ônibus que foi reajusta em março para R$ 2,85; o governador Beto Richa e a presidenta Dilma Rousseff isentaram o transporte coletivo de impostos como ICMS, PIS/Cofins; a própria prefeitura da capital zerou o ISS provisoriamente; afinal, quem está embolsando essas desonerações que eram para baixar o preço da tarifa e ajudar no controle da inflação?
Leio no Diário Oficial nº 106, de 06 de junho de 2013, que o preço da passagem de ônibus não vai baixar em Curitiba. Segundo a Urbs, a empresa que gerencia o transporte coletivo, a tarifa técnica foi estipulada em R$ 2,9994 mesmo depois de desonerações anunciadas pelos governos municipal, estadual e federal. A tarifa para o usuário saltou, em março, de R$ 2,60 para os atuais R$ 2,85.
O prefeito Marcelo Rangel (MD), de Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, foi um dos primeiros a reduzir a tarifa do ônibus à luz das desonerações anunciadas pelo governador Beto Richa (PSDB) e pela presidenta Dilma Rousseff (PT).
O tucano zerou o ICMS no óleo diesel e a petista fez o mesmo em relação ao PIS/Cofins do transporte coletivo, visando justamente baratear o preço da passagem e derrubar a inflação no bolso do usuário.
Os municípios de Londrina e Cascavel também deverão anunciar redução no preço da tarifa nos próximos dias. O prefeito londrinense, Alexandre Kireeff (PSD), deverá baixar a tarifa em R$ 0,10 e o cascavelense Edgar Bueno (PDT) deverá decretar a redução entre R$ 0,05 e R$ 0,10.
Em Natal, capital do Rio Grande do Norte, a tarifa do ônibus baixou de R$ 2,40 para R$ 2,30 depois das desonerações de Dilma.
Em Vitória, capital do Espírito Santo, a isenção do PIS/Cofins para o setor de transportes possibilitou a redução da tarifa para os usuários de R$ 2,45 para R$ 2,40.
Em Curitiba, a notícia é que a gestão do prefeito Gustavo Fruet (PDT) deixará tudo igual. Nada de redução de tarifa. Permanecerá em R$ 2,85, mesmo com isenções do ICMS, ISS e PIS/Cofins.
Pelos cálculos do vereador Hélio Wirbiski (MD), a tarifa na capital paranaense poderia ser reduzida em até R$ 0,15.
Se não for reduzido o preço da passagem de ônibus, diz o parlamentar, alguém fica com isso. Wirbiski desconfia que essa dinheirama fique nos bolsos dos empresários do transporte. Alguém duvida?
O senador Roberto Requião (PMDB) costuma dizer que quando não se quer mudar nada se muda alguma coisa para continuar tudo igual. “É a tal mudança leopardiana”, explica o ex-governador
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