Via blog Universo da Notícia:
Um dos temas mais polêmicos que tramita no Congresso Nacional sobre a proposta de reforma política é o financiamento público das campanhas eleitorais. A reforma prevê o financiamento das campanhas eleitorais exclusivamente com dinheiro público. Doações de pessoas físicas e empresas são proibidas e sujeitas a punição.
Em ano eleitoral, conforme a proposta, serão incluídos na Lei Orçamentária créditos adicionais para financiar campanhas eleitorais com valores equivalente ao número de eleitores do País.
A proposta tem apoio do PT. De acordo com a resolução política extraída do 4º Congresso Nacional do partido, que terminou na semana passada, o objetivo é acabar com o financiamento privado em campanhas políticas e com suas “nefastas consequências”. Com o financiamento público, o PT acredita que haverá melhor correlação de forças políticas nas eleições e, consequentemente, “consolidação da hegemonia” do partido no País.
Na enquete dessa semana, O Paraná foi às ruas para saber a opinião das pessoas sobre o tema. As pessoas ouvidas foram unânimes ao afirmar que são contrárias a proposta e que o governo tem prioridades maiores do que custear essa despesa. A pergunta foi a mesma para os oito entrevistados: O poder público deve financiar campanhas eleitorais, conforme proposta de reforma política que tramita no Congresso?
No site da internet, a enquete da semana comprovou essa previsão. A maioria esmagadora, mais de 83%, escolheu a opção 1 “, é obrigação do Estado garantir condições de equivalência para quem postula um cargo público”. A opção 2, “Não, cabe a cada candidato custear sua campanha com os recursos que forem viabilizados deforma lícita” apareceu com 14% e a opção 3, “Depende, o poder público e a iniciativa privada devem dividir essa despesa” com apenas pouco mais de 2%.
A VOZ DO OESTE
1) “O governo precisa se preocupar com outras coisas, como saúde pública de qualidade, já que as pessoas sentem muito a falta de recursos. O governo não precisa ter esse tipo de preocupação. As pessoas ficam na fila à espera de atendimento e merecem mais investimentos”.
José Maller, 54 anos, mecânico em Assis Chateaubriand
2) “Isso é uma vergonha. O Brasil precisa de muita coisa e dar dinheiro para político não é coisa séria. O Município de Assis Chateaubriand, por exemplo, precisa de uma série de investimentos e o governo precisa olhar para a nossa gente”.
Celso Brás Pinto, 45 anos, agricultor em Assis Chateaubriand
3) “Não concordo com esse tipo de coisa. Em princípio, acredito que dinheiro público não deveria destinado para fins eleitorais e sim para fins sociais. É necessário investir mais em educação e saúde para o nosso povo, principalmente o mais carente”.
Maria Cristina Borges Bonini, 40 anos, agente educacional de Jesuítas
4) “O governo não pode ter esse compromisso porque não é necessário. O dinheiro para campanha deveria sair do bolso dos próprios candidatos. Acho também que não é necessário tanto dinheiro em campanhas”.
Sonia Maria, 50 anos, agente educacional em Jesuítas
5) “Sou contra. Quem deve financiar campanhas eleitorais deve ser a iniciativa privada. Nós já pagamos impostos demais e a arrecadação de impostos no Brasil é grande, mas as prioridades são outras. A campanha deve ser custeada pelos candidatos e pela iniciativa privada”.
Marcelo Silva, 36 anos, jornalista em Palotina
6) “Absolutamente não. Até porque as funções constitucionais do poder público são claramente definidas, o bem comum, educação, saúde, transporte e segurança. Campanha política é uma situação que difere completamente do mandamento constitucional”.
Airton Gonçalves de Lima, 42 anos, fiscal fazendário em Palotina
7) “Sou contra totalmente. A maioria dos candidatos tem condições financeiras de bancar sua campanha, especialmente em nossa cidade. O governo deveria investir mais em segurança. Eu, como comerciante, sinto esse problema na pele”.
Jandir Jacó Dilkin, 26 anos, comerciante em Nova Santa Rosa
8) “Acredito que não. Para eles se elevarem ao cargo que querem, eles deveriam investir com seus próprios meios e financiar a própria campanha. A saúde é prioridade e deve ser melhor observada pelo governo, que se preocupa mais em encontrar cargos para agradar os amigos do poder”.
Levi Neves de Miranda, 24 anos, pastor em Nova Santa Rosa
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