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Paraná Portal
Um policial civil, identificado como Antonio Gabriel Castanheira, armado com um fuzil e granadas, invadiu na quarta-feira (18) o condomínio onde mora o empresário Luiz Mussi, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.
O policial teria sido orientado pela irmã do empresário Liliane Mussi para acessar a casa. O empresário teria impedido que o policial passasse pelo portão. A entrada dá acesso a outras propriedades da família.
O advogado Claudio Dalledone, que defende o policial, afirma que Castanheira foi impedido de entrar na própria casa. “O policial mora no mesmo condomínio que o Luiz Mussi. O Mussi impediu a entrada dele, com seguranças armados, cães e um trator. O policial fez uso progressivo da força pra enfrentar essa situação criminosa que ele estava sendo vítima”, diz.
“O Luiz Mussi responde a três acusações na delegacia, e a um pedido de providência no Ministério Público de Campo Largo porque cortou energia da casa. Ele responde por invasão de domicílio. responde por ter destruindo a cerca e de forma criminosa inverter a situação. O policial agiu em legítima defesa, pois tinha dois homens armados impedindo a entrada dele. Luiz Mussi está trancando uma estrada pública de forma ilegal, há cinco anos, fazendo um pórtico. A prefeitura vai notificar para que ele faça a demolição”, afirma o advogado.
“É um condomínio da família Mussi. A irmã dele cedeu em comodato para que o policial more na casa dela”, explica Dalledone.
Depois de invadir a guarita, ameaçar os seguranças, o policial aparentemente teria dado tiros dentro da propriedade e disparou uma granada. Ele teria entrado na casa e “arrancado bambus”, feito ameaças, e saído. O carro usado pelo policial, uma BMW, tem placas de carro reservado do Estado.
O empresário Luiz Mussi deve conceder entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (20) para falar sobre o caso. Mussi é proprietário do canal de Mercosul, filial da Record News no Paraná.
Veja a nota da Polícia Civil na íntegra:
O Departamento da Polícia Civil (DPC) determinou à Corregedoria Geral da Polícia Civil uma apuração rigorosa sobre o ocorrido, inclusive solicitou que todas as armas, da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), em poder deste policial, fossem recolhidas. Foi solicitado ainda, um relatório de diligências à unidade de lotação do policial, os motivos da conduta do servidor.
A Corregedoria instaurou procedimento administrativo interno, comunicando a chefia direta do servidor, bem como encaminhou as reclamações para a Polícia Civil de Campo Largo para apurar as responsabilidades criminais.
Entretanto, tendo em vista a gravidade do ocorrido, o DPC determinou o afastamento do investigador de polícia de suas funções operacionais até a conclusão do procedimento.
Sobre as investigações foi apurado que o condomínio, localizado na área rural de Campo Largo, onde aconteceu o tumulto, se encontra em litígio na área civil com referência a partilha entre os familiares, sendo que uma das herdeiras autorizou mediante contrato de comodato que o policial civil ocupasse uma das casas da área.
A investigação preliminar tem prazo de 30 dias para conclusão, devendo após ser encaminhada para instauração de processo administrativo disciplinar, com previsão de pena de demissão.
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