A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (4), a 31ª fase da Operação Lava Jato. São apuradas as práticas de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação “em um contexto amplo de sistemático prejuízo financeiro imposto à Petrobras”, segundo a PF.
A investigação central desta etapa tem o objetivo de “apurar a fraude ao processo licitatório, o pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e o repasse de recursos a partido político em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações específicas”, segundo a PF. A instituição cita como exemplo o projeto de reforma do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro. O esquema no Cenpes envolveria propina de R$ 39 milhões. As informações são do Portal UOL.
O ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira é o alvo principal da operação. Ferreira foi preso no último dia 23 de junho, quando foi realizada a Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. Ele é alvo de um mandado de prisão temporária e também de busca e apreensão.
Chamada “Abismo”, a 31ª fase da Lava Jato ocorre no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O nome refere-se às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas desenvolvidas pela Petrobras. Outro motivo da nomenclatura é “a demonstração que esquemas como estes identificados levaram a empresa aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público”, diz a PF.
Mandados
Além do mandado de prisão temporária contra Ferreira, essa operação cumpre outros quatro de prisão preventiva. Outros sete são de condução coercitiva e quatro de custódia temporária. Também foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão. Com 110 agentes da PF, a operação também conta com apoio de 20 servidores da Receita Federal.
Os alvos dos mandados de prisão preventiva serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Apenas Ferreira, alvo de mandado de prisão temporária, irá permanecer na sede da PF em São Paulo, onde está desde o dia 23 de junho.
Desdobramento
Realizada em 23 de junho, a Operação Custo Brasil –desdobramento da Lava Jato– apurou o “pagamento de propina proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”.
O petista Paulo Bernardo, ex-ministros dos governos Lula e Dilma, foi preso na ocasião. Seis dias depois, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli mandou soltar o ex-ministro.
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