Após um ano e meio de investigações e de ouvir, entre outros, os três principais dirigentes do PT, o ex-presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu e o ex-secretário de organização do partido, Silvio Pereira, a Polícia Federal concluiu que inexistem elementos que apontem para o envolvimento do senador Aécio Neves em supostas atividades ilícitas relativas a Furnas.
“A partir do conteúdo das oitivas realizadas e nas demais provas carreadas para os autos, cumpre dizer que não é possível atestar que AÉClO NEVES DA CUNHA realizou as condutas criminosas que lhe são imputadas”, diz a conclusão do inquérito.
Veja o que disse Lula em depoimento à PF:
“QUE AÉCIO NEVES não pediu nenhum cargo ao declarante em nenhum de seus mandatos; QUE não acredita que AECIO NEVES possa ter pedido qualquer cargo a algum de seus ministros em seus governos, e se pediram nunca deram ciência ao declarante sobre esse pleito; QUE, durante a transição de seu primeiro governo não sabia quem era Dimas Fabiano Toledo, que não sabe quem teria solicitado a continuidade de Dimas Fabiano Toledo a frente de uma diretoria de FURNAS, não sabendo, inclusive, se alguém pediu para que o mesmo continuasse ocupando este cargo; que não saberia dizer o que teria motivado a permanência de DIMAS FABIANO TOLEDO a frente da diretoria de engenharia de FURNAS;(…)”
Veja o que disse José Dirceu em depoimento a PF:
“Que não sabe se o senador Aécio Neves teria pedido ao presidente Lula que Dimas Toledo continuasse a frente da diretoria de Furnas, sendo inverdade a afirmação de Fernando Moura neste sentido;
“Que também é inverídica a afirmação de Fernando Moura de que teria dito ao declarante sobre a conversa que manteve com Dimas Fabiano quando este teria dito que “não precisaria se preocupar, e nem ir ao Rio de Janeiro, pois 1/3 iria para o PT paulista, 1/3 para o PT Nacional e 1/3 para Aécio Neves”;
Veja o que disse Sílvio Pereira, ex-secretário de organização do Partido dos Trabalhadores (PT) sobre supostas indicações do senador Aécio Neves para Furnas:
“QUE num primeiro momento, essas indicações eram realizados por dirigentes do Partidas dos Trabalhadores e por dirigentes dos partidos que deram sustentação eleição do presidente LULA em 2002;
“( … ) que a confirmação do nome de Dimas Fabiano Toledo para continuar à frente da Diretoria de Engenharia de Furnas não passou pelo declarante; que se recorda de não ter havia grandes dilemas relacionados ás nomeações para os cargos de Furnas, lembrando, inclusive, de Dimas ser bem avaliado pelo corpo técnico da empresa;
Assim como José Dirceu, Sílvio Pereira também negou a dinâmica narrada na inquirição de Delcídio do Amaral e de Fernando Moura a acerca das condutas e dos diálogos que eles ter-lhe-iam atribuído no processo de confirmação de Dimas Toledo na diretoria de Furnas, bem como na aquiescência e no eventual recebimento de propina oriunda da estatal.
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