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Polícia deflagra operação para combater facção criminosa no Paraná

As polícias Civil e Militar do Paraná cumprem 757 mandados de prisão e quatro de busca e apreensão para combater membros de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios do estado. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), a operação batizada como Alexandria acontece em Curitiba, municípios da região metropolitana, em mais 72 cidades do interior do estado e em oito unidades prisionais do Paraná.

Dos mais de 700 mandados, 471 são contra pessoas que já estão detidas no sistema prisional e que continuam cometendo crimes. Além disso, por decisão do Poder Judiciário, 237 telefones serão bloqueados, assim como 28 contas bancárias que, além do bloqueio, terão os valores sequestrados. A Sesp informa que a investigação começou em agosto de 2014 no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) depois que os policiais apreenderam diversos cadernos com anotações e detalhes da atuação da facção criminosa no Paraná. Foram interceptadas, com autorização judicial, mais de 30 mil ligações.

A polícia tem mais de 1,7 mil horas de conversas dos membros desta facção envolvendo doze estados: Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Alagoas, Ceará, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte. O conteúdo das conversas interceptadas mostra que diversos crimes foram cometidos em benefício da organização criminosa, como tráfico de drogas, roubos de carros e residências, tráfico de armas e homicídios.

De acordo com a pasta, é a maior operação realizada no país contra membros de uma facção criminosa e conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Mais de 1,5 mil policiais estão mobilizados na operação. Até às 9 horas,30 pessoas haviam sido presas em várias cidades do Paraná.

O nome da operação foi inspirado na Biblioteca Real de Alexandria ou Antiga Biblioteca de Alexandria, que foi uma das maiores bibliotecas do mundo antigo. Ela existiu até a Idade Média, quando supostamente foi totalmente destruída por um incêndio cujas causas são controversas. Nela continha praticamente todo o saber da Antiguidade.