A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (22) a segunda fase da operação Quadro Negro, que apura desvios de recursos por meio de contratos com empresas para obras em escolas da rede pública. Ao todo, são 11 mandados de busca e apreensão em quatro estados – Paraná, Santa Catarina, São Paulo e na Bahia.
Mais de 20 policiais do Nurce cumpriram mandados em Curitiba, Balneário Camboriú (SC) e Salvador (BA). O alvo da operação são os bens da empresa Valor Construtora – responsável por fraudes nas obras em escolas públicas – e de Eduardo Lopes de Souza, apontado como o verdadeiro dono da companhia e também como o chefe da organização criminosa suspeita de desviar quase R$ 20 milhões.
“Esta á mais uma etapa desta investigação iniciada com a auditoria da Secretaria da Educação, que identificou esta suposta fraude. A Polícia Civil mapeou o patrimônio dos envolvidos e solicitou ao Poder Judiciário o sequestro dos bens. O Laboratório de Tecnologia contra a Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil, será acionado para auxiliar nas investigações e apurar suposto crime de lavagem de dinheiro”, afirmou o secretário da Segurança, Wagner Mesquita.
Entre os alvos da operação estão dois imóveis – um apartamento em Balneário Camboriú, na Avenida Atlântica, avaliado em mais de R$ 5 milhões, e um flat em Salvador. Além disso, a Justiça do Paraná determinou a apreensão de nove veículos, todos de luxo, avaliados em mais de R$ 3 milhões, adquiridos com o dinheiro desviado das obras das escolas públicas. Entre os veículos cuja apreensão foi determinada está um Porsche Cupê 911 turbo 2015, supostamente comprado por pouco mais de R$ 1 milhão.
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