Dilma prestigia convenção nacional do PDT. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Do Ricardo Noblat:
O PMDB rachou no seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A convenção nacional do partido, realizada hoje em Brasília, expôs a divisão do partido. Foram 398 votos favoráveis à aliança com o PT em torno da nova candidatura de Dilma, 275 votos contrários e 64 nulos e brancos – de um total de 737 votos.
Não foi um placar confortável para Dilma e seus aliados sinceros.
A soma dos votos contrários com os votos nulos e em branco quase empatou com o número dos votos a favor.
Dilma e o PT esperavam um resultado mais confortável. A cúpula do PMDB, por mais que negue, também esperava.
De todo o jeito, Dilma e o PT conseguiram o quer mais lhes importava: o tempo de propaganda eleitoral do PMDB no rádio e na televisão – algo como dois minutos a mais a serem acrescentados ao tempo que uma coligação de 10 partidos garantirá.
Em números redondos, Dilma deverá ser contemplada com 12 minutos diários de propaganda no rádio e na televisão a partir de meados de agosto próximo contra quatro minutos de Aécio Neves (PSDB) e dois de Eduardo Campos (PSB).
É uma vantagem formidável que se bem usada poderá reverter a tendência de queda de Dilma nas pesquisas de intenção de voto.
Na caça aos votos nos Estados, o PMDB tentará obtê-los para Dilma, mas também para Aécio e Eduardo.
Nada de inovador. Desde 1989, data da primeira eleição presidencial pelo voto direto depois da ditadura de 64, o PMDB sempre repartiu sua força entre vários candidatos.
Ao cabo, dê no que der, o PMDB estará no governo para garantir a “governabilidade”. Ou seja: o apoio no Congresso para que o presidente da República aprove ali os seus projetos.
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