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PMDB mira 30% mais prefeitos e PSDB quer mil; veja projeções

por Natalia Julio, no Portal Terra

A poucos meses das eleições municipais de 2012 e com diversas pré-candidaturas se desenhando como definitivas, os partidos traçam projeções do desempenho que terão na disputa. Os cálculos passam por uma análise das reais perspectivas de cada legenda, mas também carregam a sua dose de esperança de êxito nas urnas: enquanto siglas menores arriscam candidaturas próprias em grandes cidades, partidos tradicionais projetam crescimento ou a conquista de cidades estratégicas.

Esse último seria o caso do PT, que preferiu não divulgar suas previsões. A decisão teria sido tomada pelo deputado estadual Rui Falcão (SP), presidente da sigla, depois que estimativas de eleições passadas não se concretizaram e acabaram lidas como “derrota”. A ideia do partido seria a de priorizar candidaturas – tanto próprias como em alianças – em cidades com mais de 200 mil eleitores que tenham emissoras de TV, universidades ou polos industriais. Ao todo, seriam 118 municípios.

De olho em mais prefeituras, o PSDB e o PMDB não devem poupar esforços no sentido de ampliar seus domínios em âmbito municipal. Os tucanos divulgaram a estimativa de conquistar mil prefeituras em todo o País, enquanto os peemedebistas, que tiveram o maior sucesso nas eleições municipais de 2008, devem lançar 4 mil candidatos a prefeito e cerca de 50 mil a vereador.

Apesar de ter diminuído de tamanho com a recente criação do PSD, o DEM aparece com pré-candidatos em 19 das 26 capitais brasileiras. O partido acredita que pelo menos 10 deles têm chances reais de eleição. Confira abaixo as estimativas de cada partido:

DEM
O partido tem pré-candidatos a prefeito em 19 das 26 capitais brasileiras, ficando atrás somente do PMDB, que planeja lançar nomes próprios em 22 capitais, e o PT, que trabalha para emplacar 20 candidatos. Logo atrás aparece o PSDB, com 18 pré-candidatos, e o PSB, com 15. Dos 19 pré-candidatos do DEM, pelo menos 10 estão com chances reais de serem eleitos, afirma a legenda.

PCdoB
Um balanço atualizado sobre as estimativas do PCdoB está em curso, mas o partido está resoluto em lançar candidatura em seis ou sete capitais. Porto Alegre, Florianópolis e Fortaleza inspiram mais confiança. Goiânia, Macapá e Salvador também têm ênfase nos planos do PCdoB, que está com algumas situações indefinidas – caso de Netinho de Paula, em São Paulo (SP), e Alice Portugal, em Salvador (BA). A sigla também aposta em cidades consideradas grandes para atuar em âmbito nacional. São elas: Caxias do Sul (RS), Foz do Iguaçu (PR), Jundiaí (SP), Nova Iguaçu (RJ), Juazeiro (BA), Olinda, Goiana (PE), Maranguape (CE), e Contagem (MG).

PMDB
O PMDB pretende lançar 4 mil candidatos a prefeito e cerca de 50 mil a vereador. A meta é eleger em outubro 30% mais prefeitos e vereadores em relação a 2008. O partido se fará representado na corrida à prefeitura de 22 capitais, em tentativa de repetir o sucesso de 2008, quando elegeu 1.154 prefeitos e cerca de 8,5 mil vereadores. Nos municípios onde a candidatura própria não for possível, alianças serão formadas com outras siglas, sem restrição. Em Goiânia (GO) e São Luís (MA), não haverá candidatura própria por conta das articulações com o PT. O mesmo acontece em Porto Alegre (RS), pela aliança com o PDT.

PSB
Nove grandes cidades estão com pré-candidatos considerados fortes pelo partido: Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Belém (PA). No âmbito nacional, as projeções ainda não estão definidas e dependem de negociações. O balanço será divulgado somente em junho.

PSC
A meta inicial é eleger 300 prefeitos e 4 mil vereadores, mas o balanço oficial só estará disponível nos próximos meses. O partido acredita que tem mais chandes de êxito no interior. Em Curitiba (PR), o deputado federal Ratinho Junior é a aposta.

PSDB
O PSDB estima que mil prefeituras serão conquistadas – 210 a mais que nas eleições de 2008, quando o partido emplacou 790 prefeitos em todo o País.

Psol
O levantamento definido deve ser divulgado em meados de junho. O partido está empenhado em “fortalecer a imagem” e vai lançar candidatura própria em pelo menos seis cidades do Estado de São Paulo. Algumas capitais, como Belém (PA), Macapá (AP) e Rio de Janeiro (RJ), devem receber atenção especial da dissidência petista.

PT
Rui Falcão, presidente da sigla, rechaçou fazer projeções, de acordo com a assessoria de imprensa do PT. A ideia do partido seria a de priorizar candidaturas – tanto próprias como em alianças – em cidades com mais de 200 mil eleitores que tenham emissoras de TV, universidades ou polos industriais. Decisão unânime do Diretório Nacional da legenda referendou resolução determinando que, nesses municípios, as candidaturas devem ser submetidas ao crivo da Executiva Nacional. Inicialmente apelidada de “Resolução (Fernando) Haddad”, a medida facilitaria a costura de acordos para favorecer a eleição do ex-ministro da Educação em São Paulo. O PT, entretanto, afirma que a resolução busca impedir a celebração de alianças que contradigam o projeto nacional do partido.

PV
Cerca de 1,5 mil pré-candidatos vão disputar a chefia de Executivos municipais. Nas grandes cidades, como Curitiba (PR), João Pessoa (PB), Belo Horizonte (MG), Natal (RN), Aracaju (SE), Macapá (AP), São Luís (MA), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Maceió (AL), 20 pré-candidatos já estão definidos.
PDT e PP ainda não realizaram um levantamento sobre as disputas deste ano. Procurados pelo Terra, o PTB e PSD afirmaram que se pronunciariam assim que possível.