Karlos Kohlbach
Os reflexos da guerra travada entre o PMDB da Câmara dos Deputados e o PT chegaram ao Paraná. E o principal beneficiado foi o governador Beto Richa (PSDB). Explico: durante o feriado de Carnaval, o governador tucano recebeu telefonemas de caciques do diretório nacional do PMDB. Lá pelas tantas, o peemedebista aconselhou o governador Beto Richa a insistir na aliança, já no primeiro turno, com o PMDB. E mais: afirmou que a executiva nacional do PMDB vai bancar a aliança com o PSDB de Richa no Paraná – ou seja, não haverá intervenção.
A ligação comprova o que em Brasília já é visto no plenário da Câmara – a relação do PMDB com o PT vai de mal a pior. A intenção dos peemedebistas é atingir a presidente Dilma Rousseff (PT) – por isso a formação do “blocão” na Câmara, que tem travado a pauta de votações e imposto projetos que desagradam o Planalto. Agora, pelo jeito, a ideia é prejudicar o PT nas eleições estaduais.
Os peemedebistas querem neutralizar a candidatura da senadora Gleisi Hoffmann (PT) ao Palácio Iguaçu, que desde que retornou ao Senado Federal tem atuado como advogada de Dilma no Congresso. A tensão entre PMDB e PT é cada vez maior. E hoje, contam fontes petistas e peemedebistas, a aliança está cada vez mais frágil e ainda é sustentada por conta da atuação do ex-presidente Lula. Quem está rindo à toa é o governador Beto Richa, que, com o apoio do PMDB desde o início da campanha, pode liquidar a fatura já no 1º turno. Para firmar a aliança, o tucano está disposto a ceder a vice aos peemedebistas.
só espero que nesta aliança não tenhamos que engolir ROBERTO REQUIÃO