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Plano busca desenvolver a pesca esportiva e turismo no rio Iguaçu

Plano busca desenvolver a pesca esportiva e turismo no rio Iguaçu

Iguaçu é o maior rio do Paraná com lagos e prainhas artificiais; Meta é fazer um corredor turístico ambiental unindo Curitiba a Foz

O potencial para a pesca esportiva e a vocação turística do rio Iguaçu ganharam destaque na manhã de quarta-feira (19), em audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná. O encontro, convocado pelo deputado Guto Silva (PSC) em conjunto com a Comissão de Turismo e a Associação de Pesca do Médio Iguaçu (Apemi), debateu alternativas de exploração turística sustentável como instrumento de combate a pesca predatória e conciliar a preservação ambiental com o apoio ao esporte. As informações são da Gazeta do Iguaçu.

O Iguaçu é o maior rio do Paraná, com nascentes na região de Curitiba até desembocar no rio Paraná, em Foz do Iguaçu. Em seu percurso, de 1.320 quilômetros, o rio serve de divisa natural com Santa Catarina e a província de Misiones (Argentina). Em 2008, foi considerado o segundo mais poluído do Brasil, superado apenas pelo Tietê, em São Paulo. Em seu percurso, abriga cinco usinas, número que subirá para seis quando ficarem prontas as obras da represa de Capitão Leônidas Marques.

“O rio Iguaçu é o símbolo não só das águas, mas da união do Paraná, porque une o Estado inteiro”, disse o deputado Chico Brasileiro (PSD), presidente da Comissão de Turismo. Ao longo do percurso, afirma o parlamentar, o rio tem importância no potencial para pesca e o turismo, em função dos lagos das usinas existentes.

“Sabemos que o rio precisa de cuidados, precisa ser um agente da economia, mas acima de tudo um agente de preservação, em condições de oferecer cada vez mais vida aos paranaenses”, disse. Na avaliação de Chico Brasileiro, a audiência pública dará a partida para se criar um movimento de preservação do Iguaçu contra a pesca predatória e buscando harmonizar as ações ambientais e do turismo.

Para o deputado Guto Silva, o Iguaçu forma o DNA do Paraná. “Tem importância enorme não só econômica, mas social na construção da nossa identidade. Mas nos últimos anos temos percebido que não tem sido usada uma demanda potencial, que é o turismo e a pesca esportiva”.

A ideia, segundo ele, é criar mais rigor no controle da pesca predatória com utilização de rede e numa combinação com prefeitos e governos do estado e federal, dar condições aos pescadores para que possam desenvolver atividades relacionadas ao turismo. “A cadeia da pesca gera muita receita. O objetivo é ouvir a todos para que a gente possa ter uma agenda positiva e buscar soluções para melhor utilização do rio”.

O diretor da Paraná Turismo, Jacó Gimenes, disse que o dia de debates foi muito produtivo. “Conseguimos reunir diferentes organizações e uma certeza, partindo da Assembleia, vai ser encaminhado às secretarias de Estado e assim poderemos trabalhar uma nova economia criativa no entorno dos lagos e exploração das estruturas das hospedarias, revitalizar as prainhas e fazer um corredor turístico ambiental unindo Curitiba a Foz”.

A pesca esportiva, segundo ele, será sem dúvida um grande convite aos amantes deste tipo de atividade. “Cada organização aqui presente, é como se fosse um mosaico. Isolados, não somos nada, juntos podemos fazer a diferença”. Jacó Gimenes lembrou que desde 1999 já existem estudos para usar o Iguaçu como um eixo para desenvolver o turismo de maneira autosustentável.

A próxima audiência de discussões deverá ocorrer no município de União da Vitória, ainda sem data definida. Participaram do debate representantes do Ibama, Secretaria de Estado do Esporte e Turismo, Superintendência da Pesca, Sanepar, Secretaria Municipal de Turismo Foz do Iguaçu, Copel, IAP, Policia Rodoviária do Paraná, Força Verde, Policia Rodoviária Federal, Prefeituras Municipais e Fecomércio-PR.

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