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Pizzolato pode ser solto nesta quarta

Pizzolato pode ser solto nesta quarta

Corte de Cassação da Itália – isto é, a última instância da Justiça do país – vai decidir na noite desta quarta-feira ou amanhã de manhã se Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil, condenado no processo do Mensalão e foragido na Itália, pode esperar em liberdade a decisão do pedido do Brasil para sua extradição. Ou seja, se a decisão for favorável, Pizzolato poderá ser solto amanhã de manhã da prisão de Modena, onde está desde fevereiro. As informações são d’O Globo.

A Corte de Cassação se reuniu ontem de manhã em Roma para discutir um recurso feito pelos dois advogados de Pizzolato. A decisão é secreta e só será comunicada aos advogados. Foi uma audiência rápida. Um dos advogados, Alessandro Sivelli, chegou um pouco antes das 10h e saiu antes do meio-dia. Em entrevista à TV Globo, Sivelli considerou “absurda” a longa prisão preventiva do brasileiro. A Corte de Bolonha, onde o processo de extradição está acontecendo, negou duas vezes a libertação de Pizzolato, alegando perigo de fuga.

Sivelli garante que não existe este perigo porque a Itália, segundo “não o extraditaria” por ser também um cidadão italiano. Na entrevista à TV Globo, na porta da Corte de Cassação, o advogado disse que Pizzolato “está sofrendo muito” e que se considera injustiçado. Sivelli confirmou que a defesa vai usar as precárias condições de cárcere no Brasil como um dos argumento da defesa. Segundo ele, o próprio promotor do caso da Corte de Bologna teria admitido “que as prisões (no Brasil) são muito ruins”. O advogado retomou os argumento de Pizzolato, de que a condenação de seu cliente no julgamento do Mensalão foi “política”.

A Corte de Cassação tem como tradição comunicar suas decisões à noite.Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Para fugir do país em direção a Itália, ele se passou pelo irmão, que morreu em 1978. Nesse processo, o morto, por meio de Pizzolato, chegou até mesmo a votar.