O empresário, ex-deputado federal e presidente estadual do PEN (Partido Ecológico Nacional), Wilson Picler, disse nesta segunda-feira (17), em entrevista no programa Luiz Carlos Martins, que vai disputar a prefeitura de Curitiba no ano que vem e que a parceria que teve com o prefeito Gustavo Fruet (PDT), nas últimas eleições, é coisa do passado. Segundo Picler, seu apoio a Fruet previa uma contrapartida de apoio futuro a candidatura dele à Câmara Federal dois anos depois. Porém, também havia um acordo, não escrito ou registrado, de que o deputado federal Rosinha (PT) seria nomeado secretário da saúde de Curitiba, o que abriria a possibilidade de Picler assumir uma vaga na Câmara, já que era suplente. A nomeação não veio e Picler se sentiu traído. As informações são do Cícero Cattani
“Se ele (Fruet) tivesse nomeado o deputado Rosinha pra a Saúde, eu assumiria como suplente para dar continuidade a um grande trabalho na educação e na saúde, o que não aconteceu. Aprendi que tudo tem que ficar preto no branco. Não houve a retribuição e desisti de concorrer nas eleições para a Câmara em 2014. Fui cuidar das minhas empresas e fazer um balanço de tudo”, afirmou Picler na Banda B.
Picler é dono do Centro Universitário Uninter, que tem cerca de 150 mil alunos em 200 cidades. Ele conta que chegou até a transferir o título de eleitor para Brasília, para trabalhar na área de educação com o senador Cristovão Buarque, mas um convite o fez voltar para Curitiba.
“Surgiu o convite para comandar o PEN no Paraná e assumi o desafio. Hoje, nosso partido tem dois deputados federais, 15 deputados estaduais e 25 prefeitos. E vamos crescer. O partido me lançou como candidato a prefeito de Curitiba e vamos enfrentar este desafio. Sou pré-candidato e já estamos preparando um plano de governo voltado para os interesses da cidade”, completou.
Wilson Picler é apontado como uma forte liderança do Estado do Paraná. Quando foi eleito suplente de deputado federal, conquistou quase 70 mil votos nas eleições de 2010. Reclama que não se elegeu lá porque foi honesto e declarou o quanto ia gastar de verdade nas eleições. “Acharam que era muito dinheiro. Aí vemos hoje que muitos daqueles que declararam que iriam gastar pouco trabalhavam com caixa 2. Eu fui honesto e disse exatamente quanto ia gastar”, afirmou.
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