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PIB do Paraná cresce 4% em 2011, acima da média nacional

O PIB do Paraná cresceu 4% em 2011, acima da média nacional, segundo IBGE/Ipardes. No País o avanço foi de 2,7%. Gilmar Mendes Lourenço, presidente do Ipardes, disse que além da performance econômica superior à brasileira, que entre 2003 e 2010, o PIB paranaense evoluiu 3,6% ao ano, contra 4% no País.

No ano passado, o PIB do Paraná totalizou R$ 251,6 bilhões, enquanto a soma das riquezas nacionais atingiu R$ 4,143 trilhões. “Houve uma evolução da contribuição do Estado para o PIB do Brasil. No ano passado, a participação paranaense na formação da riqueza nacional voltou a subir, chegando em 6,07%”, disse Lourenço.

Os dados apresentados pelo IBGE e Ipardes mostram que a produção industrial do Paraná cresceu 7% em 2011, contra uma evolução de apenas 0,3% para o total do setor no País. “O Estado liderou o ranking nacional, deixando para trás alguns protagonistas, representados por Espírito Santo (6,8%) e Goiás (6,2%), e ficando bastante a frente do Rio Grande do Sul (2,0%) e de Santa Catarina (-5,1%)”, descreve Lourenço.

A expansão do setor industrial no Paraná subiu de 9,5% no terceiro trimestre para 15,1% no quarto trimestre de 2011, contra iguais períodos de 2010. O patamar de produção aumentou em 11 das 14 atividades acompanhadas pelo IBGE, com ênfase para caminhões, cabos de fibra ótica, gasolina, diesel, metais e madeira.

Em relação ao comércio, as vendas do varejo cresceram 8,8% no Estado no ano passado, contra 6,6% do Brasil. Os produtos que apresentaram maiores aumentos de vendas foram móveis e eletrodomésticos (16,9%), produtos farmacêuticos e de perfumaria (16,5%), materiais de construção (12,1%) e veículos, motos, partes e peças (10,9%).

O presidente do Ipardes ressalta que a evolução destes setores tem ligação direta com o acréscimo da massa de salários (emprego e remunerações), crédito ao consumo e incentivos à construção civil, principalmente ao segmento residencial.

Para Gilmar Lourenço o resultado alcançado pelo Paraná reproduz a conjugação de três movimentos. “Em primeiro lugar, aparece a enorme capacidade de resistência do setor privado à orientação macroeconômica restritiva predominante no País, em nome da exagerada preocupação com a espiral inflacionária”, diz ele.

Como segundo ponto, ele destaca o poder de resposta do segmento produtivo regional às medidas de flexibilização monetária promovidas pelo Banco Central para evitar uma propagação da crise internacional no mercado doméstico. “Por fim lugar, emerge a flagrante melhoria do clima de negócios no Paraná”, afirma Lourenço.

Para ele, a implantação de um arranjo institucional envolvendo o governo e os demais atores sociais recolocou o Estado nos planos e na agenda dos investidores internacionais e nacionais. “Isso pode ser atestado pelo anúncio de projetos industriais que superaram R$ 9 bilhões em 2011”, disse ele.