A Polícia Federal realiza a 33ª fase da Operação Lava Jato na manhã desta terça-feira (2), que tem como alvo principal dirigentes e funcionários da construtora Queiroz Galvão. Batizada de “Resta Um”, a ação cumpre 32 mandados judiciais: dois de prisão preventiva, um de prisão temporária, seis de condução coercitiva (quando a pessoas é levada para depor) e 23 de busca e apreensão. As informações são da UOL.
Segundo o Ministério Publico Federal (MPF), o objetivo desta fase é “obter provas adicionais de crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos firmados pela empreiteira Queiroz Galvão com a Petrobras”. Procurada, a assessoria de imprensa da construtora ainda não se manifestou.
Aproximadamente 150 policiais federais estão cumprindo as determinações judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais.
Segundo a PF, o nome “Resta Um” é uma referência à investigação da última das maiores empresas identificadas como parte integrante do esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.
“A menção ‘Resta Um’ não remetendo a um possível encerramento das investigações da Operação Lava Jato que busca alcançar ainda diversos outros fatos criminosos e demais empresas e pessoas participantes de negócios ilícitos junto a estatal”, diz nota da PF.
O consórcio Quip S/A, do qual a Queiroz Galvão era acionista líder, também á alvo da operação. Segundo a PF, as obras investigadas neste momento englobam contratos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Paraíba, Refinaria Landulpho Alves e na Refinaria Duque de Caxias.
“O Grupo Queiroz Galvão foi identificado, durante a Lava Jato, como o terceiro com maior volume de contratos celebrados com a Petrobras, alcançando um total superior a R$ 20 bilhões “, diz nota do MPF.
De acordo com a nota, a operação contra a construtora trabalha em duas frentes. Por um lado, a força tarefa investiga a participação da Queiroz Galvão em “um cartel de empreiteiras que participou ativamente de ajustes para fraudar licitações da Petrobras”. Pelo menos R$ 10 milhões foram pagos em propinas, segundo as investigações.
“Além dos ajustes e fraude a licitações, as evidências colhidas nas investigações revelam que houve corrupção, com o pagamento de propina a funcionários da Petrobras. Executivos da Queiroz Galvão pagaram valores indevidos em favor de altos funcionários das diretorias de Serviços e de Abastecimento”.
Por outro lado, a Lava Jato também investiga se a construtora obstruiu a CPI da Petrobras, em 2009. “Há indícios, que incluem a palavra de colaboradores e um vídeo, de que R$ 10 milhões em propina foram pagos pela Queiroz Galvão com o objetivo de evitar que as apurações da CPI tivessem sucesso em descobrir os crimes que já haviam sido praticados até então”, diz a nota.
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