A operação “Lava-Jato” da Polícia Federal rastreou esquema de desvio de recursos públicos envolvendo contrato da Labogen S/A com o Ministério da Saúde. Interceptações telefônicas da PF apontam para um negócio de fornecimento de remédio usado no tratamento de hipertensão pulmonar, no valor de R$ 6,2 milhões por ano. O contrato é de de dezembro de 2013 na gestão do petista Alexandre Padilha,.
A “Lava-jato” prendeu 24 investigados em seis estados por lavagem de R$ 10 bilhões, através da ocultação de bens adquiridos de forma ilícita. Vigiando os movimentos de Youssef, a PF descobriu que um aliado dele, provavelmente por sua influência, conseguiu firmar contrato de R$ 150 milhões para fabricação no Brasil e o fornecimento à Saúde do medicamento citrato de sildenafila.
A fabricação do medicamento seria feita pela Labogen, do empresário Pedro Argese, que tem relação estreita com Youssef. Na avaliação da PF, porém, a Labogen estaria figurando como mera intermediária do contrato com o governo, com subcontratação integral, pois não teria condições e estrutura para produzir os medicamentos, “não havendo também razão para que detivesse o contrato junto ao Ministério da Saúde”. “A Labogen, sabe-se lá por quais meios, obtém o contrato milionário junto ao Ministério da Saúde, mesmo absolutamente sem condições de executá-lo e, por sua vez, repassa para uma empresa idônea a fim de sua execução, pois, conforme se observa claramente, a segunda empresa é que dispõe das instalações e estrutura de produção”, ressalta a PF.
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