Investigação da PF sobre desvios de recursos na reforma do estádio Fonte Nova, em Salvador, apontam que o ex-governador baiano Jaques Wagner (PT) recebeu R$ 82 milhões em propina e caixa dois.”Em razão das delações da Odebrecht e de material apreendido na OAS, nós verificamos que de fato o então governador recebeu uma boa parte do valor desviado no superfaturamento para o pagamento de campanha eleitoral e de propina”, disse a delegada da PF Luciana Matutino Caires. As informações são de Nathan Lopes no UOL.
Os R$ 82 milhões seriam a soma do que a investigação doado pela Odebrecht e a OAS para o ex-governador, de acordo com a delegada. A PF deflagrou, na manhã desta segunda-feira (26), a Operação Cartão Vermelho, que apura irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão da Arena Fonte Nova. Em valores atualizados, os desvios podem chegar a R$ 450 milhões, de acordo com as investigações. “Grande parte [do dinheiro desviado] era destinada à doação de campanha”, disse o superintendente da PF na Bahia, Daniel Justo Madruga.
A licitação para a reforma do estádio foi direcionada para favorecer o consórcio FNP (Fonte Nova Participações), composto pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, segundo a PF. Irregularidades na arena já haviam sido apontadas no acordo de delação da Odebrecht.
A residência de Wagner em Salvador foi um dos sete alvos de mandado de busca e apreensão. Segundo as investigações, houve pagamento de propina inclusive na casa da mãe dele, no Rio de Janeiro. Wagner não recebia diretamente a propina, paga em dinheiro, distribuída por intermediários, segundo Caires.
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