De acordo com a Folha de S. Paulo desta quinta-feira, 26, a Polícia Federal encontrou sinais de sonegação fiscal na contabilidade da empresa de lobby do filho da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra e detectou indícios de lavagem de dinheiro de envolvidos no caso.
Diante das suspeitas, decidiu abrir um novo inquérito, segundo o juiz do caso. A PF localizou “movimentações financeiras consideradas incompatíveis com os rendimentos declarados à Receita Federal” nas contas de Israel Guerra, filho de Erenice.Ele é sócio da Capital Consultoria. A empresa intermediava contratos com o governo federal e cobrava uma “taxa de sucesso”. De acordo com a decisão do juiz, a PF apurou que a empresa “teria deixado de prestar informações sobre as rendas auferidas nos anos de 2009 e 2010”.
Esse período foi justamente o auge das negociações de Israel com empresários. Nessa época, Erenice foi secretária-executiva de Dilma na Casa Civil e, depois, a sucedeu.
A investigação contra Erenice ocorreu após relatos sobre o suposto lobby dentro da Casa Civil. A revista “Veja” publicou reportagem segundo a qual Israel usava o nome da mãe para fazer lobby nos Correios.
E publicou outro texto informando que houve pagamento de propina dentro da Casa Civil. Erenice acabou deixando o cargo horas depois de a Folha de S. Paulo revelar, em setembro de 2010, que ela recebeu em seu gabinete o empresário Rubnei Quícoli.
Segundo ele, a empresa de Israel teria cobrado uma taxa para que Quícoli conseguisse empréstimo junto ao BNDES. Ao jornal, ela primeiro negou o encontro, mas à PF admitiu que recebeu Quícoli em audiência.
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