América do Sul pode eleger dois senadores e quatro deputados ao Parlamento Italiano – no Brasil, cédula chega pelos Correios já no dia 9 de fevereiro
O advogado e economista Walter Petruzziello, 66, radicado em Curitiba desde criança, é candidato a deputado nas eleições de 4 de março ao Parlamento Italiano. Com forte atuação junto à comunidade ítalo-brasileira, Petruzziello diz que seu programa politico de campanha inclui a ampliação dos acordos bilaterais entre a Itália e Brasil nas áreas de educação, cultura, pesquisa e desenvolvimento, além fortalecer a representação diplomática italiana na região sul do País.
“São 30 anos de trabalho e de experiência junto a comunidade italiana no Brasil, o que me qualifica a representar os cidadãos italianos e seus descendentes no Parlamento Italiano. Minha atuação será voltada a promoção de maiores oportunidades e um futuro melhor para as famílias italianas que moram no Brasil”, disse Petruzziello, candidato pelo Maie (Movimento Associativo Italiani All’estero) – movimento dos italianos no exterior, em tradução livre.
A América do Sul, que concentra um colégio de mais de um milhão de eleitores, poderá eleger dois senadores e quatro deputados. A Itália é o primeiro país a criar vagas no parlamento para representantes de italianos no exterior. No total são 12 deputados e seis senadores que serão eleitos em março. “Eu disputo uma das quatro vagas da América do Sul. E acredito que temos muito trabalho a fazer para representar os italianos da América do Sul e, em especial, os que moram no Brasil”, disse Petruzziello.
Eleitores – O Brasil tem algo em torno de 351 mil eleitores italianos e eles se concentram mais nos estados de São Paulo (mais de 100 mil), Paraná e Santa Catarina (59,2 mil) e no Rio Grande do Sul (58,7 mil). Os eleitores do Paraná e Santa Catarina estão sob jurisdição do consulado italiano de Curitiba. “Há questões pontuais que precisam avançar na representação italiana no país, principalmente no que diz respeito a situação consular, agendamento de passaporte, fila da cidadania e a implantação de um consulado em Santa Catarina. Tudo isso precisa ser melhorado e desburocratizado”, adianta Petruzziello.
O advogado também quer focar sua atuação no parlamento na criação de oportunidades aos jovens descendentes de italianos residentes no Brasil. “Vamos propor a implantação da equivalência dos títulos universitários e ampliação das parcerias entre as universidades dos dois países. Eu fiz mais de 30 mil traduções de documentos aos descendentes que obtiveram a cidadania italiana e há muito jovens que querem conhecer a genealogia da sua família, conhecer a cultura italiana. Precisamos consolidar um banco de dados que facilite o trabalho de pesquisa e de interação entre as duas culturas, a brasileira e a italiana”.
Petruzziello atenta ainda ao processo eleitoral italiano para os estrangeiros. Ele explica que o eleitor italiano deve ser cadastrado na lista eleitoral da cidade de sua descendência e caso não o tenha deve entrar em contato imediato com o consulado mais perto, no caso do Paraná e Santa Catarina, em Curitiba. “O eleitor cadastrado vai receber um envelope chamado “plicco elettorale” pelos Correios a partir de 9 de fevereiro. O voto tem que estar no consulado até às 16h de 1º de março e não vale o carimbo postal dos correios”, explica.
“Ainda teremos o carnaval entre os dias 10 e 13 de fevereiro. Então, é importante que as cédulas sejam preenchidas o mais rápido possível e postada nos Correios ou entregue pessoalmente no consulado”, completa.
Olho
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