As revelações da Gazeta do Povo de que as campanhas de Márcio Pauliki (PDT) e Péricles Mello (PT) foram abastecidas com dinheiro sujo do Petrolão podem comprometer o projeto político dos dois deputados que almejam disputar a prefeitura de Ponta Grossa em 2016. Na campanha de Pauliki em 2014, o jornal encontrou R$ 5.759,33 doados pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a principal paranaense arrolada no escândalo e que responde inquérito no STF. Em 2012, candidato á prefeito, Pauliki recebeu R$ 15 mil do diretório estadual do PDT. Sobre o dinheiro repassado por Gleisi, Pauliki disse ao jornal que os recursos são referentes á material de campanha.
Em maior gravidade, e com volume maior, estão as campanhas de Péricles Mello. Em 2014, a Gazeta do Povo disse que Gleisi repassou R$ 165.832,01 para a campanha de deputado do petista. Ao jornal, Péricles disse não questionou o dinheiro doado por Gleisi. Mas no caso de Péricles tem mais, sempre tem mais. Na sua campanha à prefeito em 2012, o petista recebeu R$ 1.698.000,00 de dois partidos (R$ 1.588.000,00 do PT estadual, mais R$ 95 mil do PT e outros R$ 15 mil do PMDB) -, o que significa 87,5% das receitas de sua campanha. Mormente, dinheiro das empreiteiras enroladas no Petrolão representaram 75% das doações dos diretórios petistas.
A irrigação às campanhas Péricles com dinheiro suspeito não param por aí. Em 2010, candidato à deputado, o petista recebeu R$ 133.053,59 através de doações de candidatos e do seu partido: PT (R$ 72.700,00), Gleisi (R$ 3.475,00), André Vargas (R$ 231,34), Anderson Barbosa (R$ 990,00), Roberto Requião (R$ 884,00), Zeca Dirceu (R$ 8.423,25) e Ângelo Vanhoni (R$ 46.350,00). Um volume considerável que representou 47,5% das receitas de sua campanha em 2010.
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